
Foto: Agnaldo Azevedo
Na segunda rodada de negociação da pauta específica, realizada ontem (14), em Brasília, os representantes do Banco do Brasil se limitaram em provocar o Comando dos Bancários, os funcionários. Além de negar e não propor nada no que se refere ao PCR (Plano de Carreira e Remuneração), ao PCC (Plano de Cargos Comissinados), a PLR, o banco AMEAÇOU cortar direitos; no caso retirar do aditivo a trava contra descomissinamento. “O BB não se reuniu para negociar. O tom da rodada foi de intimidação, arrogância, intransigência. Apostam, no impasse, quando os sindicatos estão abertos ao diálogo. Porém, tudo tem limites. A provocação – ou seja, sem proposta alguma – nos remete ao embate. Estamos, com certeza, preparados”, avalia o presidente do Sindicato, Jeferson Boava. Segundo ele, o Comando quer respostas para várias reivindicações; entre elas, plano de carreira com aumento no piso, nos interstícios e jornada de 6h para as funções comissinadas. E mais: critérios de ascensão mais claros e objetivos, como concurso interno e pontuação no TAO. “Sem falar nas questões de saúde, previdência, auxílio educação e nas pendências dos bancos incorporados, entre outras”.
Confira os principais pontos da segunda rodada.
Plano de Carreira e Remuneração
– Melhorar o PCR (Plano de Carreira e Remuneração) com a majoração do interstício na tabela por antiguidade (A1 – A12) para 6%, e com isso a amplitude aumentará para 1,90 (hoje é de 1,38);
– Todos os funcionários devem pontuar diariamente na carreira de mérito, enquadrando os caixas e escriturários nas faixas G1 a G4 de acordo com sua remuneração, com revisão no prazo de aceleração para que os funcionários possam atingir o final da carreira "M".
Plano de Cargos Comissionados
– Igualdade de oportunidades para as mulheres, com criação de regras para ampliar a presença de mulheres em cargos comissionados. Igualdade de oportunidades para negros e deficientes.
– Caixas – revisão da gratificação/comissão com unificação dos valores em todos os bancos, com dotação mínima de três caiex por agência, fim do PSO e Comissionamento automático de caixas após 90 dias de atuação.
– fim da lateralidade, com retorno do pagamento de todas as substituições.
– Revisão da pontuação do TAO da carreira dos egressos de bancos, considerando o histórico funcional com reconhecimento do tempo de serviço nos bancos incorporados, inclusive para efeito de contagem da carreira de mérito.
– Incorporação de 10% da comissão a cada ano de trabalho.
– Comissionamento: nomeação via provas de seleção interna.
– Reajuste da verba de aprimoramento profissional.
– Fim do modelo de segmentação BB 2.0 e da rotatividade de encarteiramento, que traz insegurança aos gerentes de contas.
– Fim da trava de dois anos para comissionamentos e transferências.
Funcionários oriundos de bancos incorporados optantes:
– Igualdade de oportunidade em comissionamentos para todos.
– Extensão dos direitos e benefícios do aditivo sem restrição aos não optantes.
– Desmembramento do VCPI, em VCP-I e VCP de VP, com revisão dos reajustes do VCP de VP do acordo de 2010.
– Direito de uso do PAS para todos.
PLR:
– Parcela com distribuição linear deve ser de 5% do lucro líquido sem limites.
– Módulo bônus para todos, inclusive para cedidos e afastados por licença saúde.
– Pagamento de parcela variável na PLR para atendentes de CABB, Auxad´s, etc. no mínimo igual a dos Caixas.
– Quantidade de salários paradigma para comissionados deve ser igual em todos os níveis comissionados.
– Vale Transporte: Garantir o uso de transporte intermunicipal.
– Criação do Auxilio Educação.
– Reajuste do valor das diárias de viagens a serviço e do valor do reembolso de combustível em caso de uso de automóvel próprio em 50% nos casos de serviços externos.
Próxima rodada: dia 20, em São Paulo. A primeira rodada aconteceu no último dia 9.
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