BB reduz número de funcionários e agências para lucrar mais

18.11.2021

Veja os números! por Fernando Diegues/regional Santos Bolsonaro ampliou as medidas para tornar o funcionamento do Banco do Brasil cada vez mais parecido com o dos bancos privados que pouco se importam com os clientes, cortando custos com o fechamento de agências e reduzindo ainda mais o número de funcionários e a remuneração. O foco […]

Veja os números!
por Fernando Diegues/regional Santos

Bolsonaro ampliou as medidas para tornar o funcionamento do Banco do Brasil cada vez mais parecido com o dos bancos privados que pouco se importam com os clientes, cortando custos com o fechamento de agências e reduzindo ainda mais o número de funcionários e a remuneração.

O foco do Banco do Brasil (BB) passou a ser apenas o lucro que nos primeiros nove meses de 2021 atingiu R$ 15,09 bilhões, um crescimento de 48,1% em relação ao mesmo período de 2020. No terceiro trimestre de 2021, o lucro foi de R$ 5,1 bilhões, alta de 2% em relação ao segundo trimestre deste ano.

Houve também redução da remuneração, através, entre outros, do Performa. Este programa prevê a redução do valor das funções de quem sobe na carreira do BB.

“Sobrecarregar funcionários e precarizar o atendimento aos clientes para economizar, além da pressão por metas, faz parte da preparação para a privatização. Essa fórmula já é conhecida, primeiro cortam funcionários em massa e depois sucateiam a empresa pública para diminuir os custos e facilitar a sua venda bem mais barata”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do BB. Outro objetivo é com a piora no atendimento, reduzir a resistência da população contra a privatização.

Ao final de setembro 2021, o BB contava com 85.069 funcionários, 7.037 postos de trabalho a menos que em setembro de 2020, em função, sobretudo, dos planos de demissão incentivada na reestruturação de janeiro último. Em 12 meses, foram fechadas 393 agências e 66 postos de atendimento bancário.

O aumento ainda maior da sobrecarga de trabalho é consequência do fechamento maciço dos postos de trabalho, tendo se agravado com a ampliação expressiva da clientela, com o total de clientes passando de 3,4 milhões superando os 76,8 milhões em nove meses. No terceiro trimestre de 2016, o BB tinha 64,69 milhões de clientes. Um crescimento de 19%. A quantidade de trabalhadores, por sua vez, foi reduzida em 22% no mesmo período, passando de 109 mil para 85 mil. Os dados são dos Demonstrativos de Resultados do próprio BB.

O número de agências também diminuiu substancialmente entre o terceiro trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2021, passando de 5.430 para 3.977. Uma redução de 26,8%.

“O governo Bolsonaro trilha o mesmo caminho iniciado por Michel Temer, precariza, fecha postos de trabalho e agências, exatamente para vender aos bancos privados. É bom lembrar que empresas públicas, como o BB deveriam justamente tomar o rumo contrário e servir de instrumento de combate à crise econômica, social e sanitária que atingiu a população brasileira. Crise que tomou proporções gigantescas pelas políticas neoliberais equivocadas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e o negacionismo de Bolsonaro, que deixa atrás de sí mais de 600 mil mortos e milhões na miséria total, roendo osso literalmente”, afirma André Elias, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.

 

Notícias Relacionadas

Financiários iniciam debates sobre PLR 2025 e perfil da categoria

O Coletivo Nacional dos Financiários se reuniu com a Fenacrefi nesta quarta-feira (26) para dar início às discussões sobre possíveis ajustes na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2025. Além disso, foi criada uma comissão paritária que conduzirá uma pesquisa inédita para traçar o perfil dos financiários, trazendo informações estratégicas para futuras negociações e melhorias […]

Leia mais

Feeb SP/MS participa de mesa temática sobre Igualdade da Mulher Bancária

Mesa temática reuniu representantes da CONTEC e da FENABAN para debater a equidade de gênero no setor bancário e definir o calendário de negociações para 2025. A Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) esteve presente, nesta terça-feira (26/3), na segunda mesa temática de negociação entre a […]

Leia mais

FEEB-SP/MS discute planejamento estratégico e ações institucionais

O presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), David Zaia, junto com a vice-presidente, Ana Stela, o secretário geral, Reginaldo Breda e os diretores financeiros, Antônio Paiva e Edilson Julian, se reuniram nesta quarta-feira (26), para discutir o planejamento estratégico da entidade. Entre os assuntos […]

Leia mais

Sindicatos filiados