Por Fabiana Lopes | Valor Econômico
De São Paulo
À espera da aprovação dos reguladores para a troca de controlador, o Bicbanco lucro líquido contábil do BicBanco somou R$ 500 mil no primeiro trimestre, uma queda de 83,1% na comparação anual.
"Essa atuação do banco deve ser interpretada sobre o enfoque do seu momento de transição", disse o vice-presidente de relações com investidores do banco, Milto Bardini, durante teleconferência com analistas na manhã de ontem. O executivo referiu-se ao período em que o banco aguarda a finalização do processo de homologação da venda de seu controle para o China Construction Bank (CCB). A expectativa é que isso seja finalizado no próximo trimestre.
Em seu relatório de resultados, o BicBanco destacou que, por conta deste momento de mudança societária, a administração tem privilegiado a liquidez, a estabilidade dos volumes operacionais e a qualidade dos ativos, em detrimento da expansão de carteiras e da maior exposição a riscos.
Nesse contexto, a carteira de crédito expandida, que inclui avais e fianças, encolheu 10,3% em 12 meses e mostrou estabilidade em relação ao fim do ano passado, a R$ 12,792 bilhões.
O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 3,4%, ante 2,6% no primeiro trimestre do ano passado. Com isso, as despesas com provisão para devedores duvidosos alcançaram R$ 63,1 milhões, com alta de 8,2%. A margem financeira líquida antes de provisões foi de R$ 190,7 milhões, o que representou queda de 14,1% sobre o início do ano passado.
A estratégia de privilegiar a liquidez fez com que o banco encerrasse março com R$ 2,26 bilhões em ativos de alta liquidez, com aumento de 2,1% sobre dezembro e de 33% ante o mesmo período do ano passado.
Segundo Bardini, o banco deve manter os atuais volumes da carteira de crédito e ter um caixa disponível respeitando a faixa entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões.
Além disso, a expectativa é que a mudança do controle para o CCB seja finalizado no segundo trimestre. Bardini explicou que neste primeiro trimestre muitas etapas do processo foram cumpridas, o que leva a crer que a finalização pode estar próxima.
Em janeiro, o CCB entregou um plano de negócios ao Banco Central. No mesmo mês, o Conselho Administrativo de Defesa Econômico deu sinal verde para que a transação fosse efetivada. Em fevereiro, as autoridades bancárias das Ilhas Cayman também aprovaram a operação. O banco concluiu ainda o processo de reorganização societária e começou a solicitar o consentimento de credores cujos contratos possuem cláusulas relativas a troca de controle.
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