Caixa prevê crescimento de até 28% para crédito

08.01.2014

Sem previsão de aportes do Tesouro Nacional, o ritmo de crescimento da carteira de crédito da Caixa Econômica Federal deve crescer em ritmo menor em 2014, mesmo com a expectativa de ampliação dos desembolsos para financiar as concessões em infraestrutura. Em 2013, a expansão do portfólio subiu cerca de 37%. Para 2014, a estimativa do […]

Sem previsão de aportes do Tesouro Nacional, o ritmo de crescimento da carteira de crédito da Caixa Econômica Federal deve crescer em ritmo menor em 2014, mesmo com a expectativa de ampliação dos desembolsos para financiar as concessões em infraestrutura. Em 2013, a expansão do portfólio subiu cerca de 37%. Para 2014, a estimativa do vice-presidente de finanças da Caixa, Marcio Percival, é de que o aumento da carteira de crédito oscile entre 26% e 28%.

A esperada diminuição dos desembolsos está relacionada, segundo Percival, à expectativa de maior concorrência dos bancos privados, que devem ter uma atuação mais forte em relação ao que foi verificado no ano passado. Além disso, conforme o executivo, a Caixa passou a ter a segunda maior carteira de crédito, o que também torna difícil manter a taxa de crescimento apurada nos últimos anos. No ano passado, o governo pediu que os bancos públicos colocassem o pé no freio, redimensionando a oferta de crédito.

Percival deixou claro que a Caixa não trabalha com injeção de recursos pelo Tesouro Nacional neste ano. Tal cenário está em linha com o discurso da área econômica que, em meados de 2013, deixou claro que não estava disposta a fazer aportes adicionais de recursos devido a críticas que tem recebido de investidores e analistas de mercado sobre o elevado custo fiscal. "Nesse crescimento [de algo entre 26% e 28% da carteira de crédito] não estamos projetando nenhuma captação do Tesouro em 2014", disse o vice-presidente de Finanças.

Mas a Caixa considera a hipótese de captar recursos no exterior ainda no primeiro trimestre, se as condições forem favoráveis. "Começamos o ano mais atentos", frisou Percival. "Primeiro trimestre é o momento certo. Todo mercado olha no começo do ano. É um momento de liquidez, pode ter inflexão da taxa de juros lá fora a partir do fim do semestre", disse.

O governo federal aposta no aumento da taxa de investimento em relação ao PIB para sustentar um crescimento econômico de, pelo menos, 3% neste ano. Para isso, a atuação dos bancos públicos será fundamental pra financiar as obras. Segundo o vice-presidente de gestão de ativos de terceiros da Caixa, Marcos Vasconcelos, algo entre 63% e 65% da carteira total de crédito do banco está vinculada a empréstimos para infraestrutura e habitação – em 2013, era de 62%.

No ano passado, só os investimentos em infraestrutura respondiam por 7,5% do crédito total da Caixa. A expectativa é de que esse percentual salte para algo próximo de 8,5% no fim de 2014.

Percival acrescentou que a "praia" da Caixa são investimentos para "colar" o crescimento do banco federal ao do país. A previsão é que a economia brasileira tenha uma expansão de, pelo menos, 3% neste ano. "Não tem nenhuma esquisitice no nosso crescimento [do banco]. Ele está aderente ao crescimento da economia brasileira", disse o vice-presidente de finanças da Caixa.

Em 2013, foram contratados na Caixa cerca de R$ 43 bilhões apenas para infraestrutura, incluindo R$ 7 bilhões do FI-FGTS (Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Para 2014, o banco pretende elevar as liberações para R$ 51 bilhões, sendo R$ 11 bilhões do FI-FGTS. No caso da habitação, conforme o vice-presidente de Governo, Gilberto Occhi, os empréstimos devem ultrapassar, em 2014, a marca dos R$ 130 bilhões contratados no ano passado.

Mesmo com a previsão de um ritmo menor de expansão do crédito em 2014, a Caixa trabalha com um cenário de ligeira elevação da inadimplência. Mas, segundo Percival, a taxa de atraso deve seguir abaixo da média de mercado, por volta de 3,5%. A inadimplência da Caixa tem oscilado entre 2% e 2,5%. Para o vice-presidente de finanças, o comportamento da inadimplência está relacionado à diversificação das carteiras. Mas, Occhi ressaltou que esse aumento já está na conta e o banco continua com uma situação confortável para oferecer uma taxa média de juros inferior à de mercado.

Fonte: Valor Econômico 

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