
A Câmara Municipal aplicou nova derrota ao prefeito, ontem, e derrubou o veto proposto ao projeto que obriga a instalação de portas metálicas e um lançador de fumaça nas agências bancárias de Franca. A finalidade é coibir as ocorrências de explosão em caixas eletrônicos. Alexandre Ferreira (PSDB) havia atendido pedido dos banqueiros e vetado a proposta sob a argumentação de que as medidas de proteção eram contrárias ao interesse público. Oficiais da Polícia Militar foram ao plenário, ontem, manifestar apoio ao projeto.
Sabedores de que um banco foi o maior doador da campanha eleitoral do prefeito e que o veto estava mal explicado, os vereadores não quiseram se comprometer com os eleitores. Ninguém topou fazer a defesa. Ataques não faltaram. “Faz me rir a argumentação usada pelo prefeito. Nós, que trabalhamos com segurança pública, sabemos da importância. O projeto tem o apoio das polícias Civil e Militar, pois vai dificultar a vida dos bandidos”, afirmou o vereador Daniel Radaeli (PMDB), que é delegado de polícia há 25 anos.
O presidente Marco Garcia (PPS) também fez críticas. “Acredito que o jurídico da Prefeitura se equivocou. Não é possível dizer que a proposta é contrária ao interesse público. As medidas de segurança vão trazer uma proteção muito grande ao cidadão.”
Autor do projeto, Pastor Otávio (PTB) fez um apelo aos vereadores e disse que os colegas não poderiam perder a oportunidade de ficar do lado da população. Apresentou uma informação nova, que contraria a alegação do prefeito de que as medidas de segurança são contrárias ao interesse público. “O próprio Bradesco do Centro já instalou o jato de fumaça e nos convidou para conhecer o sistema. Se não funcionasse, eles não teriam feito o investimento.”
Em seguida, a proposta de veto foi colocada em votação. O placar foi de goleada: 11 votos contra e três favoráveis. Apenas Luiz Vergara (PPS), líder do prefeito, Jépy Pereira (PSDB) e Laercinho (PP) foram solidários a Alexandre Ferreira. Os dois primeiros não justificaram o voto. Laercinho fez um discurso contraditório, em que criticou o governo. “Há dez anos, tenho a postura de sempre manter vetos, mas o projeto é de longo alcance. O prefeito não deveria ter mandado esta bomba para a Câmara. Poderia ter resolvido lá e evitado muitas intrigas que aconteceram depois.”
O tenente Jean Gustavo, comandante da 5ª Companhia da Polícia Militar, disse que qualquer tipo de tecnologia e ações que sejam implementadas para dar mais segurança ao cidadão são bem-vindas. “Saímos da Câmara contentes com o resultado. É mais segurança para o cidadão, como para o policial.”
O presidente da Câmara deverá promulgar o projeto na próxima semana. Os bancos terão até 210 dias para se adequarem.
Fonte: Edson Arantes – Jornal Comércio da Franca
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