Na tarde desta terça-feira (03), o Comando Nacional dos Bancários assina com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária, formalização das conquistas adquiridas ao longo da Campanha Salarial deste ano, resultado da maior greve dos últimos tempos. A assinatura será às 16h, no Hotel Macksoud Plaza, em São Paulo.
Reajuste de 10% para salários, piso, PLR, verbas, e de 14% nos vales refeição, alimentação e na 13ª cesta são os principais pontos do acordo.
Na ocasião, serão assinados também os acordos específicos com Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, do PCR, com o Itaú e da gratificação de R$ 3 mil conquistada pelos bancários junto ao HSBC.
A partir da assinatura, os bancos têm até dez dias para depositar a antecipação da PLR (Participação nos Lucros e Resultados)
Principais conquistas
Bancos Públicos
No caso do BB foram assegurados avanços no que se refere à isonomia dos egressos de bancos incorporados (como a antiga Nossa Caixa), para atendentes do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) e da Central de Atendimento (CABB), além da manutenção da distribuição semestral da PLR. Os empregados da Caixa Federal conseguiram barrar a implantação da terceira etapa do plano Gestão de Desempenho Pessoal (GDP) e mantiveram a promoção por mérito e a PLR Social.
Itaú
Também será renovado acordo referente à bolsa de estudos e ao Programa Complementar de Remuneração (PCR) do Itaú, que prevê pagamento de R$ 2.285 sem desconto na PLR da categoria.
HSBC
Na ocasião será concretizado acordo sobre a gratificação de R$ 3 mil aos funcionários do HSBC.
Dias parados
A negociação garantiu que não haverá desconto dos dias, com anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 ou 5 de novembro (quando o acordo será assinado) até 15 de dezembro.
Este ano, o índice conquistado pelos bancários foi de 10% no piso e PLR e 14% nos vales refeição e alimentação. Com esse índice, em 12 anos, a categoria vai acumular 20,84% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
Impacto na economia
O reajuste de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR significam incremento anual de cerca de R$ 11,2 bilhões na economia, de acordo com projeção feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Desse montante, R$ 6,04 bilhões referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões já devem ser distribuídos na antecipação, em até 10 dias depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,240 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.
Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 512 mil bancários no Brasil.
Fonte: Comando Nacional dos Bancários
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