
Trabalho presencial para grupo de riscos foi revertido em mesa de negociação
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde do Itaú se reuniram ontem (02) com a direção do banco, para retomar pautas relacionadas à saúde e segurança do trabalhador.
A reversão da decisão do Itaú em convocar o grupo de riscos para o trabalho presencial foi o principal avanço da negociação.
“A pandemia não acabou, zelar pela saúde de todos, especialmente do trabalhador que faz parte do grupo de riscos é um ato de responsabilidade. A negociação avançou nesse sentido por meio da luta dos sindicatos”, explica Walmir Gomes, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Durante a negociação a representação sindical destacou a realidade sobre o cenário atual, bem como a ameaça da nova variante Omicron e enfatizou a importância do reforço ao cumprimento dos protocolos de saúde e ao uso correto das máscaras.
O banco se comprometeu a manter em home office os trabalhadores de grupos de risco e afirmou a continuidade nas campanhas de incentivo a vacinação das funcionárias e funcionários, bem como da dose de reforço ao grupo de risco. O Itaú também informou aos representantes dos trabalhadores que os protocolos de segurança sanitária entre os bancários por meio de campanha interna estão sendo intensificados.
Demissões
As demissões ocorridas em agências e departamentos também estiveram em destaque em um segundo momento da negociação. De acordo com relatos dos trabalhadores, muitos desligamentos ocorrem por cobrança de metas abusivas e avaliações de performance. A COE cobrou do Itaú uma posição sobre as demissões que estão ocorrendo nas agências de todo o país e sugeriu a realocação destes funcionários.
Com relação ao assunto, o banco informou que haverá o fechamento de agências deficitárias e que os funcionários serão realocados em outras agências.
Ainda em mesa de negociação foi levado ao banco o caso de denúncias sobre funcionários que estão sendo desligados por não terem as certificações CPA 10 e CPA 20. Para o banco essa não é uma política institucional. A representação cobrou do banco a emissão de um comunicado oficial sobre o procedimento para certificação e esclarecimento aos funcionários.
Parcelamento de dívidas
Sobre o parcelamento de dívidas da devolução da antecipação salarial feita pelo banco aos funcionários que se afastam para tratamento de saúde, conforme previsto na cláusula 65 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, ficou definido que uma nova reunião será marcada para que o banco apresente um acordo para que todas a entidades sindicais avaliem em conjunto e passe a ser válido para todo o país. O banco destacou que fazer o acordo por sindicato, pode ocasionar em problemas operacionais na folha de pagamento.
Banco de horas negativo
O acordo de banco de horas negativas, feito entre os representantes dos trabalhadores e o banco, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. Uma nova data, ainda no mês de dezembro, para discutir o tema, será agendada pelo banco.
Diversidade
Uma reunião também será agendada pelo banco para tratar sobre o tema diversidade. Entre os pontos defendidos pelos trabalhadores estão a igualdade salarial entre homens, mulheres, brancos e negros e o combate a toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, identidades raciais, LGBTQIA+, imigrantes, jovens, idosos, pessoas com deficiência e contra intolerância religiosa e política.
Segurança bancária
O banco também se comprometeu a agendar uma nova data para debater, especificamente, o tema com a participação de um diretor responsável pela segurança bancária. Nesta pauta, os trabalhadores ressaltam a importância de garantir a proteção aos trabalhadores e clientes nas agências de negócios e unidades de varejo; manutenção de vigilantes; porta de segurança com detecção de metais; segurança ao manuseio de numerário e escudos de proteção entre outros equipamentos de segurança nos locais de trabalho.
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