Com auditório cheio, Federação discute resultados dos bancos e novas tecnologias com dirigentes sindicais

11.05.2016

A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) realizou nesta quarta-feira (11) o Seminário FEEB-SP/MS-DIEESE, na sede da UGT, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O evento contou com a presença de 74 dirigentes. A economista e técnica do DIEESE, Vivian Machado expôs o resultado financeiro registrado pelos […]


A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) realizou nesta quarta-feira (11) o Seminário FEEB-SP/MS-DIEESE, na sede da UGT, no bairro da Bela Vista, em São Paulo. O evento contou com a presença de 74 dirigentes.

A economista e técnica do DIEESE, Vivian Machado expôs o resultado financeiro registrado pelos maiores bancos do país – Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e Caixa Econômica Federal– no primeiro trimestre de 2016, exceto Banco do Brasil, cujo balanço será divulgado nesta quinta-feira (12).

A apresentação de Vivian foi seguida de debate e na sequência, explanou sobre as novas tecnologias, seu avanço e o impacto sobre questões como o mercado de trabalho e emprego. O investimento dos bancos na abertura de agências digitais e o avanço das Fintechs, startups de tecnologia que prestam serviços financeiros são alguns exemplos.

A mesa de abertura do seminário foi composta pelo Secretário Geral da UGT, Canindé Pegado, pelo Vice-Presidente da Federação, Jeferson Boava, pela Diretora de Finanças da Contec, Rumiko Tanaka, pela Secretária de Organização de Políticas Sindicais e diretora do Seeb São José dos Campos, Débora Ferreira Machado, pelo Secretário Geral do Instituto de Promoção Social (IPROS) da UGT e Presidente do Seeb Presidente Venceslau, Sidnei Corral e também por Aparecido Roveroni e Reginaldo Breda, respectivamente, Diretor Financeiro e Secretário Geral da Federação.

O Presidente da UGT, Ricardo Patah, fez uma saudação aos presentes, expressou sua preocupação com os cortes nos postos de trabalho, trazidos pelo emprego indiscriminado da tecnologia com o objetivo de redução das despesas com pessoal, deu exemplo de lojas nos EUA que se utilizam dela para dispensar os atendentes e também elogiou mais uma vez a categoria bancária.

“Pode parecer um antagonismo”, disse, referindo-se ao fato de pertencer à categoria dos comerciários, “mas eu sempre digo nas oportunidades que tenho para falar aos bancários: Vocês servem de exemplo para todos nós. No que tange à estruturação da negociação e etc, pois o resultado da mobilização é um só: o bancário de São Paulo possui o mesmo piso salarial do bancário de Tupã ou do Nordeste, isso para mim é uma qualidade, a valorização do ser humano”, avaliou.

Rumiko elogiou a iniciativa da Federação de debater dois temas tão importantes para os trabalhadores, como os resultados dos bancos e o avanço tecnológico. “Estes temas escolhidos pela Federação é o que necessitamos. No Japão nós vimos que ninguém vai a banco. Nos EUA e nos grandes bancos, as transações estão nos celulares e o presidente do Itaú projeta para daqui a nove anos, 70% de bancos virtuais”, disse. “Deste tema precisa surgir cláusulas novas em relação às novas tecnologias, pois hoje em dia o cliente faz tudo pelo celular e o trabalho do bancário está restrito à abertura de contas”, defendeu.

“Em primeiro lugar gostaria de destacar a importância dos sindicatos terem atendido nosso chamado para a discussão destes temas que são de importância fundamental para construir a organização para a nossa campanha salarial deste ano”, declarou vice-presidente da FEEB-SP/MS, Jeferson Boava.

“Como os convidados que pertencem a outras categorias pontuaram, os bancários são referência para a mobilização e negociação em outros setores e por isso, concluo que temos toda uma responsabilidade na condução deste processo, pois nosso posicionamento influencia não apenas nos resultados da nossa categoria, mas serve de modelo para o conjunto dos trabalhadores. No que diz respeito às novas tecnologias, a Federação se antecipou e trouxe para debate uma questão de grande relevância, que aponta para um novo perfil e tipificação do trabalho bancário e ainda, nos traz o desafio da contratação no ramo”, avaliou Boava.

 

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