Comando exige do BB melhores condições de trabalho e saúde

22.08.2014

O Comando Nacional dos Bancários cobrou do Banco do Brasil, durante a primeira rodada de negociação da pauta específica, realizada hoje (dia 22) em Brasília, o fim das metas abusivas e do assédio moral. A excessiva exigência para venda de produtos, aliada a falta de empregados, tem adoecido os funcionários. Para agravar o quadro, em […]

O Comando Nacional dos Bancários cobrou do Banco do Brasil, durante a primeira rodada de negociação da pauta específica, realizada hoje (dia 22) em Brasília, o fim das metas abusivas e do assédio moral. A excessiva exigência para venda de produtos, aliada a falta de empregados, tem adoecido os funcionários. Para agravar o quadro, em nome do Sinergia as metas são alteradas diariamente, sem falar no chamado Dia D. O que deixa os funcionários mais preocupados, tensos mesmo. Inclusive o Comando propôs a imediata reposição de 5.627 vagas em aberto no país, como medida para amenizar o alucinante ritmo de trabalho. Diga-se de passagem, o governo já autorizou as novas contratações, mas a diretoria do BB tem optado pela terceirização. Na verdade, o banco público diminui o número de funcionários e aumenta o de agências.


Cassi/Previ: Todos os funcionários devem ter direito de optar pela Cassi e Previ. E mais: no caso da Cassi, como todos os programas do banco são realizados pela Caixa de Assistência, devem ser estendidos aos incorporados.

Odonto: O Comando voltou a denunciar que o plano odontológico não atende as necessidades dos funcionários e cobrou que seja disponível dentro da Cassi.

Atestado: Os representantes dos bancários condenaram que os atestados apresentados pelos adoecidos sejam alterados por gestores, que chegam ao ponto de sugerir mudança no CID (Código Internacional de Doenças).

Faltas: O BB criou um código exclusivo para classificar falta de greve. Como o acesso não é tão restrito, o código se torna prejudicial em processos de avaliação. O Comando quer que código seja sigiloso.

Reabilitação: O BB concordou em criar uma mesa para debater a reabilitação profissional do bancário que retorna ao trabalho após afastamento para tratamento de saúde. Entre os problemas, redução salarial após 12 meses de VCP e descomissionamento. “A licença de saúde não pode impactar negativamente no salário. E o Banco do Brasil deve liberar, de imediato, a substituição dos afastados”, observa o secretário-geral da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Jeferson Boava, que participou da rodada.

Vale-Transporte: O Comando reivindicou o benefício para todos que usam transporte intermunicipal.

PSO: O Banco do Brasil se comprometeu em apresentar proposta para os problemas na Plataforma de Suporte Operacional (PSO) ao final do processo de negociação. Em reunião da mesa permanente, ocorrida no dia 5 deste mês de agosto, os sindicatos destacaram que os problemas foram detectados em todas as PSOs – as plataformas funcionam nas cidades com cinco ou mais agências. A real solução dos problemas passa, por exemplo, pelo aumento da dotação, valorização dos caixas executivos (hoje, desvio de função do chamado "caixa-líder"), plano de carreira, e concorrências e oportunidades dentro e fora da PSO, que agrega os caixas e a área de tesouraria das agências.

Novas rodadas: o Comando e o BB voltam a negociar nos dias 1º e 12 de setembro. Para Jeferson Boava, “o banco está presente na mesa. Porém, qualquer resposta concreta, exige participação, envolvimento de todos os funcionários. Sem mobilização, o Comando fica atado, sem poder de pressão”.

Jairo Gimenez – Seeb Campinas

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