
O Comando Nacional dos Bancários retoma nesta terça-feira 21, às 11h, em São Paulo, as negociações da Campanha 2012 com a Fenaban, agora para discutir as reivindicações sobre segurança bancária, igualdade de oportunidades e remuneração. Essa terceira rodada de negociações continuará na manhã de quarta-feira 22.
As demandas sobre segurança, igualdade e remuneração deveriam ter sido discutidos na quarta e quinta-feira da semana passada, dias 15 e 16, mas foram adiadas por causa do falecimento do ex-dirigente sindical Manoel Castaño Blanco, marido da assessora jurídica da Contraf-CUT, dra. Deborah Regina Rocco Castaño Blanco, que participa da mesa de negociação.
Antes da interrupção, o Comando Nacional e a Fenaban haviam discutido na manhã do dia 15 propostas dos bancários sobre saúde e condições de trabalho. Na reunião, os bancos assumiram o compromisso de manter os salários dos bancários afastados que aguardam perícia médica até que seja regularizada a situação junto ao INSS.
Esse avanço contrastou com os resultados das duas rodadas anteriores, nas quais a Fenaban recusou as reivindicações apresentadas pelos bancários, como mais contratações, fim da rotatividade, aplicação da convenção 158 da OIT que proíbe demissões imotivadas e fim das metas abusivas, entre outras.
O que será negociado na terceira rodada
As negociações começam nesta terça-feira pelo tema segurança bancária, em que se destacam reivindicações como a proibição da guarda das chaves e acionadores de alarmes para evitar sequestros, fim do transporte de numerário por bancários, instalação de equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões, emissão obrigatória de BO com cópia aos sindicatos e à Contraf-CUT, estabilidade ao empregado vítima desse tipo de violência, além de adicional de risco de morte de 30% do salário para quem trabalha em agências, postos e áreas de tesouraria.
Os bancários também buscam avanços na promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento, por meio da democratização do acesso, garantindo que mulheres, negros, indígenas, homoafetivos e pessoas com deficiência tenham igualdade de condições de contratação, ascensão profissional e remuneração. Outra medida é a eliminação de quaisquer práticas discriminatórias nas relações.
As negociações sobre remuneração envolverão:
– Remuneração fixa direta, como o reajuste salarial de 10,25%, valorização do piso, Plano de Cargos e Salários, adiantamento do 13º, salário do substituto, parcelamento do adiantamento de férias e gratificações.
– Remuneração indireta, como auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação, auxílio-creche/babá, 13º auxílio-creche/babá, vale-transporte.
– Remuneração variável, como a PLR. Os bancários querem três salários mais R$ 4.961,25 fixos de participação nos lucros e resultados. Os bancários reivindicam também a contratação total da remuneração, incluindo a renda variável.
Fonte: Contraf-CUT
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