Congresso dos bancos públicos inicia marcado por duas palavras de ordem: resistência e unidade

17.06.2016

Teve início na manhã desta sexta-feira (17), a abertura política conjunta dos Congressos dos Bancos Públicos (27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil – CNFBB e 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal – CONECEF), no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo. O evento segue até domingo (19). Sob […]


Teve início na manhã desta sexta-feira (17), a abertura política conjunta dos Congressos dos Bancos Públicos (27º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil – CNFBB e 32º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal – CONECEF), no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo. O evento segue até domingo (19).

Sob o lema "unidade e resistência na defesa dos bancos públicos", o congresso deste ano será marcado por debates em torno de temas, como reforma da previdência, privatizações, terceirizações, além das pautas exclusivas dos trabalhadores bancários das duas instituições públicas, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que envolvem também a articulação para a campanha salarial deste ano.

A mesa de abertura, contou com a participação do vice-presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e membro do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava, que fez sua saudação parabenizando os colegas Maria Rita Serrano, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Caixa e Jair Pedro Ferreira, presidente da FENAE (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal) pela luta contra a aprovação do PL49/18 – Lei de Responsabilidade das Estatais, que culminou na aprovação do projeto na Câmara dos Deputados, porém, em uma versão menos nociva aos trabalhadores.

"Eu quero aqui em relação ao PL 49/18 fazer uma reverência a todos que lutaram em especial, à companheira Rita Serrano e ao companheiro Jair, parabenizando todos aqueles companheiros que estiveram todos estes dias em Brasília fazendo uma luta que nos possibilitou avançar em relação àquilo que estava colocando inicialmente", declarou.

Jeferson também lembrou os presentes que o país está enfrentando uma conjuntura díficil, com a tramitação de uma série de projetos de leis voltados à redução dos direitos dos trabalhadores, destacou a capacidade do movimento sindical de resistir e reafirmou a unidade como único caminho possível para reverter a situação atual, conclamando os dirigentes a se unirem.

Quero também parabenizar à organização do Congresso, pois nesse momento a gente começa caminhando para reverter este diagnóstico. Quando fazemos uma abertura conjunta indica que queremos construir uma unidade. Estamos aqui juntos, os companheiros do BB e da CEF e este debate se inicia com o Seminário em Defesa dos Bancos Públicos, indicando também o tipo de debate e o tipo de resistencia que queremos fazer: revisitar as nossas instituições, acerca de qual banco público nós queremos e levar esta unidade para nossa Conferência Nacional dos Bancários, que acontecerá no final do mês de julho, precisamos também fazer um amplo debate com os trabalhadores bancários deixando de lado diferenças entre bancos públicos e privados, para alcançarmos nossa unidade de resistência e de indicarmos a manutenção dos nossos direitos e mais do que isso, ousarmos em avançar nos nossos direitos, mostrando a este Congresso Nacional e a este governo conservadores a necessidade de mostrarmos nossas plataformas sem ficarmos na defensiva e entendo que o primeiro passo é a nossa organização dos bancários. Tenho certeza de que estes congressos irão indicar caminhos que somados a todos que desejam contribuir, nos ajudará a reverter esse cenário. E faço um apelo aqui a todos que querem avançar na luta de classes a se unirem. Não temos que ter diferenças e sim um objetivo único: a manutenção e o avanço dos direitos dos trabalhadores", finalizou.

A Federação está participando do evento este ano com 52 delegados (28 no CNFBB e 24 no CONECEF), que irão defender as resoluções extraídas do Encontro Interestadual realizado em Campinas, no ultimo dia 21 de maio.

Após desfeita a mesa teve início o 1º Seminário em defesa dos bancos públicos, com a palestra do economista, Professor Titular da Unicamp, Fernando Nogueira, que também foi vice-presidente de Finanças e Mercado de Capitais da CEF entre 2003 e 2007 e, na sequência, a de Márcio Pochmann, também economista da Unicamp, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) entre 2007 e 2012.

A votação do regimento interno dos congressos do BB e da CEF e apresentação das teses também estão na ordem do dia.

 

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