Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente e Doenças do Trabalho

28.04.2022

Por Gustavo Frias, SEEB Campinas   O dia 28 de abril é lembrado como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente e Doenças do Trabalho. A data foi criada em 2003 pela OIT em memória às vítimas da explosão de uma mina na Virgínia (Estados Unidos), que matou 78 mineiros. Portanto, não é […]

Por Gustavo Frias, SEEB Campinas  

O dia 28 de abril é lembrado como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidente e Doenças do Trabalho. A data foi criada em 2003 pela OIT em memória às vítimas da explosão de uma mina na Virgínia (Estados Unidos), que matou 78 mineiros. Portanto, não é uma data comemorativa, mas um momento de reflexão sobre as condições de trabalho. Segundo dados da OIT, o Brasil ocupa o quarto lugar em mortes relacionadas com o trabalho no mundo.

Para marcar esse dia, o movimento sindical, por meio da CONTRAF, realizou o Seminário: Adoecimento Psíquico No Trabalho Bancário. O evento contou com a participação de mais de 100 dirigentes sindicais, além da presença de profissionais da área da psicologia, que abordaram temas bastantes sensíveis para a categoria, como o suicídio e a Síndrome de Burnout.

Importante destacar que a partir dos anos 90 começou a se avolumar o adoecimento mental na categoria bancária. A reestruturação produtiva realizada por meio da cobrança de metas na venda de produtos potencializou os adoecimentos por depressão e síndrome de burnout nos bancários. A gravidade chegou a tal ponto que levou trabalhadores ao suicídio. Ao contrário da causalidade individual e patológica, os pesquisadores consideram esse assunto uma questão de saúde pública, pois ao olharmos os números globais de suicídio, o modelo individual e patológico não é suficiente para aceitarmos e entendermos a natureza do problema que estamos enfrentando e a partir daí desenvolver iniciativas concretas de prevenção.

Em relação ao aumento dos casos de síndrome de burnout na categoria, é urgente conscientizar e combater a desumanização do trabalho através da naturalização de ações que não são corretas como o assédio moral praticado com estratégias de isolamento, discriminação e humilhação aos trabalhadores.

São questões muito graves e nesse dia 28 de abril é importante que todos olhem com atenção, afinal, a proteção à vida e à saúde é um direito e também uma luta de todos nós.

Gustavo Frias é diretor do Sindicato dos Bancários de Campinas e representa a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul no Coletivo Nacional de Saúde e na mesa temática de Saúde.

Notícias Relacionadas

Lucro recorde do Itaú: e os funcionários, o que ganharam?

Opinião O Itaú acaba de divulgar um lucro histórico em 2024, consolidando-se como uma das instituições financeiras mais rentáveis do país. No entanto, esse resultado bilionário levanta uma questão fundamental: o que mudou para os funcionários? Houve melhora nas condições de trabalho? A saúde dos bancários e aposentados recebeu a devida atenção? Infelizmente, a realidade […]

Leia mais

Previ esclarece os fatos sobre auditoria do TCU

Entidades sindicais participaram de reunião e receberam explicações sobre a saúde financeira dos planos Nesta sexta-feira (7), entidades sindicais do se reuniram com a gestão da Previ para esclarecer informações sobre a auditoria do TCU. O presidente da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), David Zaia, […]

Leia mais

Previ se posiciona sobre notícias de auditoria do TCU

FIQUE POR DENTRO Entidade reafirma equilíbrio dos planos e esclarece competência de fiscalização Nesta quarta-feira, 5/2, foram divulgadas notícias de uma possível auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo a Previ. Diante do fato, a Entidade informa que não comenta decisões do tribunal, órgão responsável por fiscalizar a aplicação de recursos públicos. Em […]

Leia mais

Sindicatos filiados