
Apresentação de proposta decente, proteção ao emprego e valorização dos funcionários estão entre as reivindicações dos sindicatos da base da Federação
Sindicatos filiados à Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) promoveram na última terça-feira (26), atividades de mobilização nas agências do Santander em suas respectivas bases.
A mobilização, que teve abrangência nacional foi marcada por ações como atrasos de no mínimo uma hora na abertura das agências e distribuição de carta aberta aos funcionários e à população.
O objetivo era chamar a atenção para intransigência do banco, que após seis rodadas de negociação sobre condições de trabalho, não apresentou proposta concreta para a renovação do aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Fim das demissões, proteção ao emprego, mais contratações, garantia de condições dignas de trabalho, fim das cobranças diárias de metas (inclusive das metas de vendas para a área operacional), são algumas das reivindicações dos trabalhadores, citadas também na carta aberta.
Aditivo
Renovado anualmente, o documento contempla direitos dos trabalhadores do banco não abrangidos pela CCT e é considerado pelo movimento sindical como uma conquista histórica para os trabalhadores da categoria. Daí, a importância de exigir que o banco espanhol continue respeitando este instrumento, apresentando propostas concretas, que representem avanço nas negociações dentro das temáticas discutidas.
Confira como foi a mobilização na base da Federação
Campinas
Amparo, Campinas e Espírito Santo do Pinhal
Sob a coordenação do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, os funcionários do Santander paralisaram os serviços pelo Dia Nacional de Luta, em quatro agências instaladas em Campinas, Amparo e Espírito Santo do Pinhal. Em Campinas (agências Centro e General Osório) e Espírito Santo do Pinhal (agência Centro) a paralisação ocorreu no período das 8h às 11h; em Amparo (agência Centro), no período das 8h30 às 12h. Nas quatro agências o atendimento ao público atrasou uma hora.
“De Norte a Sul, o recado está dado. Agora, cabe ao Santander respeitar seus funcionários e apresentar uma proposta digna, que atenda os anseios dos brasileiros responsáveis por mais de 20% do lucro líquido mundial do Grupo”, avalia o diretor do Sindicato e representante da FEEB-SP/MS na Comissão de Organização dos Empregados (COE), Cristiano Meibach.
Pauta de reivindicações
Aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários do Santander, ocorrido nos dias 12 e 13 de abril e referendada em assembleia realizada pelo Sindicato no dia 11 de maio último, a pauta de reivindicações foi entregue ao Santander no dia seguinte (12). Entre as reivindicações, destaque para: licença não remunerada de 30 dias com manutenção dos vales (alimentação e refeição); estabilidade provisória pré-aposentadoria de 36 meses; bolsa de estudo para graduação e pós (50% da mensalidade, limitada em R$ 528,55); isenção de tarifas e redução de juros; administração dos planos de previdência pelo Banesprev; e PPRS.
Franca
O Sindicato dos Bancários de Franca e Região realizou manifestação na agência centro de Franca, entregando um manifesto a funcionários e clientes, além de retardar a abertura da unidade.
“Já foram realizadas diversas rodadas de negociações com o banco para tratar da renovação do Acordo Aditivo, mas infelizmente o Santander vem tratando o assunto com muito descaso”, afirmou a diretora do sindicato e funcionária do Santander, Aurélia Carbone. O diretor Denizar Paixão (Batata) representa o sindicato nas negociações com o Santander.
Guaratinguetá
Na base territorial do Sindicato dos Bancários de Guaratinguetá e Região, a mobilização foi realizada nas agências do Santander nas cidades de Aparecida, Lorena, Cach. Paulista, Guaratinguetá e Cruzeiro. Houve retardo na abertura e também distribuição de carta aberta aos funcionários, clientes e usuários do banco.
Marília
O Sindicato dos Bancários de Marília e Região realizou mobilização em agências do Santander de sua base com o retardamento no horário de abertura, distribuindo a carta aberta e explicando à população a importância de defender um instrumento como o aditivo e também de cobrar avanços em um tema tão caro aos trabalhadores e ao movimento sindical como as condições de trabalho.
Ribeirão Preto
Em Ribeirão Preto, Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região retardou a abertura das agências do Santander na cidade, incluindo Ag. Av Nove de Julho. A categoria bancária mostra a sua indignação a nível nacional, perante o desrespeito em não avançar nas negociações referente à renovação do aditivo à CCT.
“Pedimos respeito e valorização, pois os funcionários brasileiros do banco são responsáveis por mais de 20% do lucro líquido mundial do grupo”, ressaltaram os diretores do Sindicato dos Bancários de Ribeirão Preto e Região, durante o ato.
Sorocaba
O Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região fecharam a agência 062 do banco Santander em Sorocaba, em protesto contra a onda de demissões que o banco espanhol vem promovendo.
Antonio Lages, funcionário do Santander e diretor do Sindicato, explica que, renovado anualmente com o Santander, o Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é uma conquista importante dos funcionários. “É sem dúvida, um marco na história de luta dos funcionários. E após seis rodadas (dias 19 de maio, 1º, 8 de junho e 22 de junho, e 6 e 20 deste mês de julho), não avançou a negociação sobre condições de trabalho (pressões, cobranças de metas e falta de pessoal). Diante desse total desrespeito, é preciso intensificar a mobilização, a luta”, explica.
Os funcionários do Santander querem que o banco atenda as reivindicações e mais: o Santander deve apresentar propostas valorizando os funcionários brasileiros, responsáveis por mais de 20% do lucro líquido mundial do Grupo.
Para ler a carta aberta distribuída aos funcionários e à população, clique aqui .
Fonte: COE Santander, Seebs: Campinas, Franca, Marília, Ribeirão Preto e Sorocaba
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