
Ataque aos direitos trabalhistas, política econômica conservadora e corrupção na Petrobras foram foco dos protestos que ocorreram em todo país; Em São paulo, mais de cinco mil participaram da manifestação
Reunidas para protestar contra as recentes alterações nos benefícios trabalhistas e previdenciários impostas pelas MPs 664 e 665, contra a política econômica conservadora posta em prática pelo governo antes mesmo do início de seu segundo mandato, e em defesa da Petrobrás, que teve sua reputação duramente abalada pelos desdobramentos da Operação Lava-Jato, as principais centrais sindicais do país (UGT – União Geral dos Trabalhadores, CUT- Central Única dos Trabalhadores, Força Sindical, CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros e Nova Central) mandaram um recado a Dilma e seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy: não irão admitir que seja levada adiante esta política lesiva ao trabalhador e em benefício do sistema financeiro.
De acordo com os dirigentes das centrais sindicais que discursaram durante o ato, ao invés de protesto para exigir a revogação das MPs e um basta na corrupção na Petrobras, deveriam estar discutindo com o governo medidas urgentes para conter o desemprego, que vem atingindo principalmente a indústria automobilística, bem como, reivindicações antigas da classe: a redução da jornada de trabalho, que há vinte anos aguarda aprovação na Câmara Federal e outras iniciativas em benefício do trabalhador, como o fim do fator previdenciário e a realização de uma reforma tributária progressista, que inclua a desoneração aos mais pobres e a taxação de grandes fortunas.
“Ou o governo retrocede, ou vamos endurecer cada vez mais. Não admitimos iniciar o ano com falta de luz e de água e a conta sendo cobrada dos trabalhadores, nós que construímos este país. Não podemos permitir também, que a Petrobrás vire água, queremos petróleo, queremos riqueza”, discursou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.
O companheiro José Maria, do SEEB de Franca presente no ato falou sobre a expectativa dos sindicatos e trabalhadores engajados Dia Nacional de Lutas: “A manifestação de hoje inicia um movimento para buscar corrigir as injustiças que este governo está promovendo contra a classe trabalhadora. Nossa expectativa é que os movimentos cresçam em todo o país e possamos estabelecer uma negociação com o governo federal”, explica.
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