Desde maio, na maioria das capitais onde é realizada mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, o DIEESE vem registrando predomínio do número de localidades com redução no custo do conjunto de produtos alimentícios essenciais. Em julho, 16 das 17 cidades pesquisadas apresentaram queda, com destaque para o Rio de Janeiro (-6,60%), Belo Horizonte (-5,86%) e para as capitais do Sul do país: Curitiba (-4,86%), Florianópolis (-4,75%) e Porto Alegre (-4,22%). Apenas em Belém (0,05%), houve pequena variação positiva.
Apenas duas cidades apresentaram variação negativa para os produtos essenciais, nos sete primeiros meses deste ano: Brasília (047%) e Rio de Janeiro (-0,12%). Os maiores aumentos ocorreram em Recife (17,23%), Goiânia (12,63%), Natal (12,29%) e João Pessoa (12,04%). Em 12 meses, Fortaleza (-0,21%) e Vitória (-0,38%) registram variação acumulada negativa. Os maiores aumentos foram encontrados em Goiânia (9,96%), Manaus (8,16%) e Belém (6,75%).
A aquisição do conjunto de itens básicos em São Paulo custou R$ 239,38, o maior valor entre as localidades pesquisadas. Em Porto Alegre, o preço da cesta correspondeu a R$ 237,67 e, em Manaus, ficou em R$ 233,00. As cidades mais baratas foram Aracaju (R$ 181,04), Fortaleza (R$ 181,73), e João Pessoa (R$ 191,17).
Com base no maior valor apurado para a cesta e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deva suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o salário mínimo necessário. Em julho, o valor do mínimo foi calculado em R$ 2.011,03, o que corresponde a 3,94 vezes o mínimo em vigor, de R$ 510,00. Este valor é menor que o apurado para junho, quando o mínimo necessário foi estimado em 2.092,36 (4,10 vezes o piso em vigor), enquanto em julho de 2009, o DIEESE calculava o piso em R$ 1.994,82, ou 4,29 vezes o mínimo de então (R$ 465,00).
Leia aqui o texto completo da cesta básica: cesta básica.pdf
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