Dilma tenta reincluir as estatais na terceirização

28.04.2015

A presidente Dilma Rousseff deve mobilizar sua base aliada no Senado para reincluir na terceirização as empresas estatais, retiradas do projeto por destaque do PSDB. Dilma teme que as empresas públicas e sociedades de economia mista percam competitividade frente às companhias privadas com a regulamentação da contratação de serviços terceirizados. Sem a inclusão das estatais […]

A presidente Dilma Rousseff deve mobilizar sua base aliada no Senado para reincluir na terceirização as empresas estatais, retiradas do projeto por destaque do PSDB. Dilma teme que as empresas públicas e sociedades de economia mista percam competitividade frente às companhias privadas com a regulamentação da contratação de serviços terceirizados.

Sem a inclusão das estatais no projeto, as regras para a contratação de serviços por empresas como Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil continuam sendo as previstas em súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proíbe a terceirização da atividade principal da companhia.

A jurisprudência é contestada por empresários no Supremo Tribunal Federal. Se a súmula cair, não haveria nenhuma regulamentação para a contratação de mão de obra terceirizada por empresas públicas e sociedades de economias mistas, suas subsidiárias e controladas, já que projeto aprovado na Câmara trata apenas das empresas privadas. Dos 446 mil funcionários da Petrobras, 360 mil são terceirizados.

A preocupação com a exclusão das estatais, conforme revelou na quinta­-feira o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, foi externada por Dilma em jantar com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), que relatou a conversa a pelo menos dois aliados.

Em visita a Xanrerê (PR), cidade atingida por um tornado no dia 20, a presidente comentou ontem o projeto da terceirização. Disse que “existe uma zona cinzenta que precisa ser regulamentada”, mas que “isso não pode significar perda de direitos dos trabalhadores”. Questionada sobre a relação entre o governo e a base aliada no Congresso, Dilma disse que é normal a existência de conflitos e posições políticas distintas entre partidos diferentes. “O PMDB integra meu governo e essa unidade tem como base a diversidade”.

Fonte: Valor Econômico

 

Notícias Relacionadas

Negociação entre COE e Santander sobre renovação e ampliação do acordo aditivo

Representantes dos trabalhadores do Santander (COE) e a direção do banco estiveram reunidos nesta sexta-feira (26/07) para mais uma mesa de negociação no âmbito da Campanha Nacional. O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários. “Ele […]

Leia mais

Negociações Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

Políticas de saúde do banco precisam ser efetivas para a melhoria do ambiente de trabalho A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta sexta-feira (26) com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador. Entre as considerações feitas pela CEE […]

Leia mais

Direitos dos incorporados, saúde mental e complementação salarial são tema abordados em mesa de negociação do BB

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional A primeira reivindicação dos dirigentes sindicais, debatida com a direção do Banco do Brasil nessa sexta-feira (26/07), em São Paulo, foi a situação […]

Leia mais

Sindicatos filiados