Em ato alusivo ao Dia das Crianças, bancários contribuem com centros comunitários de Piracicaba

09.10.2015

“Banco é exploração, criança é esperança”. Com esse mote, os bancários, iniciaram nesta sexta-feira (9) o quarto dia de greve, em Piracicaba, que continua com 95% agências paralisadas. Em ato público organizado pelo Sindicato dos Bancários (SindBan), a categoria recebeu moção de apoio da Câmara de Vereadores e contribuiu com a festa das crianças dos […]

“Banco é exploração, criança é esperança”. Com esse mote, os bancários, iniciaram nesta sexta-feira (9) o quarto dia de greve, em Piracicaba, que continua com 95% agências paralisadas. Em ato público organizado pelo Sindicato dos Bancários (SindBan), a categoria recebeu moção de apoio da Câmara de Vereadores e contribuiu com a festa das crianças dos moradores dos bairros Santa Fé e Monte Cristo e dos centros comunitários do Jardim Esplanada e Água Branca.

Segundo o presidente do SindBan, José Antonio Fernandes Paiva, a intenção foi mostrar para sociedade que a greve também é solidária. “Promovemos esse evento para confraternizar com a comunidade e ajudar algumas entidades e pessoas que realizarão festa para as crianças.”

Paiva explica que os bancários foram empurrados para a greve pela intransigência e desrespeito da proposta de 5,5%, abaixo da inflação, apresentada pelos bancos. “Só estamos lutando para receber o que nos é de direito. Um setor que lucrou 36 bilhões só no primeiro semestre não pode fazer uma proposta como essa.”

Apoio – A população continua com o apoio ao movimento. “Não tivemos nenhum problema e contando com o apoio de todos,” agradece Paiva.

A vice-presidente da entidade sindical, Angela Ulices Savian, comenta que o apoio recebido é muito valioso. “Para todos nós é muito difícil barrar cliente na porta do banco, o bancários gosta do que faz e, mesmo com toda a pressão, gosta e quer trabalhar.”

O vice da Regional Bairros do SindBan, Marcelo Abrahão, diz que a população compreende que a categoria está lutando pelo trabalho e pelo trabalhador. “Mostramos com o evento solidário que bancário não se preocupa só com o dinheiro e nem o sindicato tem isso como único foco. Lutamos por uma sociedade mais justa, sem preconceito e pelos direitos de todos.”

Orientação – Nos postos que estão sem atendimento há pelo menos um orientador para conduzir a população. “Além disso, todas as agências têm pelo menos dois funcionários. Vale orientar as pessoas para não aceitarem ajuda de estranhos no caixa eletrônico, apenas de funcionários da própria instituição podem auxiliar,” alerta o presidente do SindBan.

O Banco Mercantil ficou aberto nos dias de pagamento dos aposentados para atender à demanda sem causar grandes prejuízos. Os casos de urgência também estão sendo atendidos.

Base territorial – Permanecem paralisadas as agências de Águas de São Pedro, Capivari, Cerquilho, Tietê, Conchas, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara D’Oeste, São Pedro, Mombuca, Rafard e Charqueada.

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ainda não chamou a categoria para negociação. Até o terceiro dia, a greve nacional contou com 10.369 locais de trabalho entre agências e centros administrativos fechados durante todo o dia. “O processo continua decepcionante. Os bancários estão insatisfeitos com a proposta e com o silêncio dos banqueiros. Buscamos alternativa para essa situação. Bancário quer trabalhar e cliente quer ser atendido,” lamenta Paiva.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região
 

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