Em janeiro, preço da cesta só cai em duas capitais

02.12.2020

Apenas duas, das 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, apresentaram recuo nos preços dos produtos alimentícios essenciais nesse início de 2012. As reduções foram apuradas em Porto Alegre (-0,81%) e em Vitória (-1,54%). Nas outras 15 localidades os preços […]

Apenas duas, das 17 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, apresentaram recuo nos preços dos produtos alimentícios essenciais nesse início de 2012. As reduções foram apuradas em Porto Alegre (-0,81%) e em Vitória (-1,54%). Nas outras 15 localidades os preços subiram, sendo que em sete cidades mais do que 3,00%: Brasília (4,72%), João Pessoa (3,90%), Florianópolis (3,51%), Rio de Janeiro (3,35%), Recife (3,32%), Curitiba (3,17%) e Aracaju (3,11%).
Em doze meses – entre fevereiro de 2011 e janeiro último – somente em Natal (-4,88%) houve queda. Os maiores aumentos ocorreram em Florianópolis (10,16%), Belo Horizonte (9,81%) e São Paulo (9,30%). Em nenhuma das capitais pesquisadas a alta anual dos preços dos gêneros essenciais foi maior do que o reajuste aplicado para o salário mínimo, de 14,13%.
 
A combinação entre a elevação de 2,98%, em janeiro, no preço da cesta em São Paulo e o recuo apurado em Porto Alegre ampliou a distância entre o preço das duas capitais onde os gêneros essenciais são mais caros. Em São Paulo o custo do conjunto de produtos de primeira necessidade chegou a R$ 285,54, enquanto na capital gaúcha o valor foi de R$ 274,63, bem
próximo do encontrado no Rio de Janeiro (R$ 271,71), em Florianópolis (R$ 271,64) e Vitória (R$ 271,16). Aracaju (R$ 187,88), João Pessoa (R$ 212,18) e Natal (R$ 213,63) registraram os menores preços.
Com o valor da cesta apurado na capital com o maior custo para os produtos básicos – que em janeiro, mais uma vez, foi São Paulo – o DIEESE estima mensalmente qual deveria ser salário mínimo necessário, levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em janeiro, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.398,82, ou seja, 3,86 vezes o mínimo em vigor de R$ 622,00. Em dezembro o mínimo era estimado em R$ 2.329,35, que equivalia a 4,27 vezes o mínimo então vigente, de R$ 545,00. Em janeiro de 2011, quando o menor salário pago no país era R$ 540,00, o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.194,76.
 
Cesta x salário mínimo 
Com o aumento de 14,13% no valor do salário mínimo a partir de janeiro, para comprar os gêneros alimentícios essenciais, o trabalhador que ganha salário mínimo precisou realizar, na média das 17 capitais pesquisadas pelo DIEESE, 87 horas e 06 minutos de trabalho, cerca de 10 horas a menos do que em dezembro de 2011, quando a jornada chegava a 97 horas e 22 minutos.
Em janeiro de 2011, o salário mínimo correspondia a R$ 540,00, e a mesma aquisição comprometia 95 horas e 03 minutos.
 
Quando a relação é feita com o salário mínimo líquido – após o desconto da parcela correspondente à Previdência – verifica-se que o trabalhador que ganha o piso comprometeu, em janeiro deste ano, 43,03% de seus vencimentos para comprar os mesmos produtos que em dezembro de 2011 demandava 48,11% do mínimo líquido, e que exigia 46,96%, em janeiro de 2011.
 
    
Veja, aqui, o texto completo.

Fonte: Dieese

 

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