Após cobrança, banco concorda em fazer ajustes pontuais
O presidente da Feeb-SP/MS Davi Zaia e dirigentes dos 23 sindicatos filiados participaram da reunião com o banco
O projeto de horário estendido, também conhecido como “corredor”, implantado pelo Itaú em agências de todo o país, esteve em discussão nesta quarta-feira, 28, em reunião realizada na sede da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS). Os representantes do banco, Marcelo Orticelli, diretor de RH e Marco Aurélio, superintendente de relações sindicais, ouviram dos dirigentes queixas relacionadas ao programa, que tem causado vários transtornos à vida dos bancários.
A representação reafirmou que é contra o projeto. “A proposta histórica do movimento sindical prevê a abertura das agências das 9h às 17h, com dois turnos, o que vai gerar mais emprego e qualidade de vida ao bancário”, disse o representante da Federação na COE, Mauri Sérgio.
Após cobrança do movimento, o banco concordou em fazer ajustes pontuais e assegurou que os funcionários prejudicados com a mudança podem ser transferidos para outras unidades com horário convencional.
Relativo à abrangência, o que o escopo do projeto prevê é que 450 agências de todo o país operem com horários diferenciados. Marco Aurélio, no entanto, afirma que podem ter mais e que isso irá depender dos resultados comerciais.
Entre as preocupações da categoria com essa nova postura do Itaú, estão a questão da segurança bancária e o respeito à jornada do bancário. “Queremos a garantia de que a jornada seja respeitada. Somos contra o projeto, mas como ele já foi implantado, o banco precisa nos certificar de que não teremos gerente operacional abrindo e fechando agências e demais funcionários excedendo as horas de trabalho”, enfatiza o secretário-geral da Feeb-SP/MS, Jeferson Boava.
Os sindicatos criticaram a falta de comunicação com as entidades quando da implantação do horário estendido. O superintendente Marco Aurélio assumiu que houve essa falha e que agora buscam ouvir a categoria e aperfeiçoar o projeto.
Temas como fim das demissões, metas abusivas, saúde, transferência de funcionários – de agência e de cargos, entre outros, também foram abordados. Sobre as metas, Marcelo Orticelli afirmou que elas têm de existir, mas que devem ser alcançáveis e que o assunto que tem sido discutido internamente. Relativo à transferência, comprometeu-se a levantar os critérios e “volume” já que a representação reclamou que elas têm sido maiores e mais frequentes, e levar à área responsável.
Restabelecer o diálogo com o movimento sindical
Além de discutir os problemas enfrentados pelos trabalhadores, um dos objetivos do encontro promovido pela Federação foi retomar o diálogo entre os sindicatos e o banco.
O presidente da Feeb-SP/MS, Davi Zaia, ressalta que essa aproximação entre os dirigentes e a instituição é necessária para que os sindicatos tenham abertura para discutir e resolver os problemas locais.
Atualizada às 18h.
Maricélia Franco, Feeb-SP/MS
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