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A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) participou no fim da tarde desta terça-feira (03), da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que ocorreu no Hotel Macksoud Plaza, em São Paulo.
O presidente da FEEB-SP/MS, Davi Zaia saudou os presentes, parabenizando os envolvidos, principalmente, a Comissão Negociadora do Comando Nacional dos Bancários e os próprios trabalhadores, que saem vitoriosos da Campanha Salarial, graças à compreensão e à unidade que os mantiveram firmes na luta por uma proposta digna para a categoria.
“A assinatura deste acordo demonstra que tivemos capacidade para reunir a categoria; os bancários, por sua vez, compreenderam a posição das lideranças e mais do que isso, analisaram a conjuntura e viram que se tratava de uma campanha difícil, que o país vive uma grave crise política e econômica, o que acaba gerando incertezas para qualquer agente econômico, seja do lado dos funcionários ou mesmo, do patronal. A ameaça aos empregos foi uma delas e vêm preocupando os trabalhadores de maneira geral. Nossa satisfação, portanto, é grande em poder participar da assinatura deste acordo, que foi possível apesar de todas as dificuldades e graças à unidade do Comando [Nacional dos Bancários] e dos bancários. Um acordo que é bom para a categoria, pois vamos garantir a reposição da inflação aos bancários, garantindo o emprego, que é o mais importante. Parabéns a todos que trabalharam e que construíram este resultado dia a dia”, declarou.
Zaia assinou o documento com os presidentes de 10 sindicatos da base da Federação e representou os outros 13 que não puderam estar presentes na ocasião.
A CCT 2015/2016 é a 24ª convenção coletiva da categoria e representa a conquistas garantidas após 21 dias de uma greve que foi considerada a mais forte dos últimos 20 anos. 2015 marca também uma importante efeméride para a categoria, que é a comemoração dos 30 anos da greve de 1985, uma das mais importantes da história de luta dos bancários, tornando ainda significativa a assinatura do acordo e os resultados obtidos. Na ocasião, foram assinados também, os acordos aditivos específicos com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, HSBC e Itaú.
Principais conquistas
A CCT prevê reajuste de 10% para salários, piso, PLR, verbas, e de 14% nos vales refeição, alimentação e na 13ª cesta. Com esse índice, em 12 anos, a categoria vai acumular 20,84% de ganho real nos salários e 42,3% nos pisos e 26,30% nos vales.
Bancos Públicos
No caso do BB foram assegurados avanços no que se refere à isonomia dos egressos de bancos incorporados (como a antiga Nossa Caixa), para atendentes do Serviço de Apoio ao Cliente (SAC) e da Central de Atendimento (CABB), além da manutenção da distribuição semestral da PLR. Os empregados da Caixa Federal conseguiram barrar a implantação da terceira etapa da Gestão de Desempenho Pessoal (GDP), mantiveram a promoção por mérito e a PLR Social.
Itaú
Renovação do acordo referente à bolsa de estudos e ao Programa Complementar de Remuneração (PCR) do Itaú, que prevê pagamento de R$ 2.285 sem desconto na PLR da categoria.
HSBC
Gratificação de R$ 3 mil aos funcionários do HSBC, conquistada como forma de compensação, já que a PLR deste ano deverá ter um valor em torno de R$ 250,00, diante da baixa lucratividade do banco que está deixando o país e será incorporado pelo Bradesco.
Dias parados
A negociação garantiu que não haverá desconto dos dias, com anistia de 63% dos dias parados para quem faz jornada de seis horas e de 72% dos dias para quem faz oito horas. A compensação, seja para quem fez os 14 dias úteis de greve ou menos será de, no máximo, uma hora por dia, entre 4 de novembro (1 dia após a assinatura do acordo) até 15 de dezembro.
Impacto na economia
O reajuste de 10% nos salários, 14% nos vales refeição e alimentação e os valores da PLR vão significar cerca de R$ 11,2 bilhões a mais na economia no próximo ano, conforme projeção do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Desse montante, R$ 6,04 bilhões serão referentes ao pagamento da PLR, sendo que R$ 2,4 bilhões devem ser distribuídos na antecipação, que ocorre em até 10 dias depois da assinatura da CCT. As diferenças salariais anuais dos bancários devem injetar R$ 4,240 bilhões na economia brasileira, sem contar os reflexos em FGTS e aposentadorias. As diferenças nos auxílios refeição e alimentação devem ter um impacto anual de R$ 894 milhões na economia.
Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados e previstos neste acordo têm validade em todo o país, que possui mais de 512 mil bancários.
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