Fenaban leva bancários à greve ao propor apenas a inflação: 4,29%

09.10.2020

Nesta quarta-feira, dia 22, durante um breve encontro que seria a quinta rodada de negociação, a Fenaban não apresentou a “proposta global” aos bancários como havia se comprometido na semana passada. Os bancos declararam que rejeitam o índice de 11% da categoria porque é “exageradamente alto” e propuseram corrigir os salários e as verbas pela […]

Nesta quarta-feira, dia 22, durante um breve encontro que seria a quinta rodada de negociação, a Fenaban não apresentou a “proposta global” aos bancários como havia se comprometido na semana passada. Os bancos declararam que rejeitam o índice de 11% da categoria porque é “exageradamente alto” e propuseram corrigir os salários e as verbas pela inflação (4,29% calculada pelo INPC). Quanto à PLR, mantém as mesmas regras do ano passado.  Diante da falta de respeito, o Comando Nacional orienta os bancários a comparecerem nas assembléias sindicais no dia 28 de setembro e aprovarem greve por tempo indeterminado a partir do dia 29.
 
“Não foi uma negociação, faltaram com a palavra num total desrespeito à categoria”, comenta Aparecido Roveroni, diretor da Federação de SP e MS no Comando Nacional. “Aguardamos os banqueiros trazerem uma proposta que, segundo os próprios, seria “global”, e propõem tão somente a reposição da inflação? Os bancários não abrem mão de aumento real, de valorização da PLR e dos pisos, e também querem proposta para o fim do assédio moral e das metas abusivas, garantia de emprego, melhores condições de trabalho e previdência complementar para todos. Sem ganho real, sem avanço nas reivindicações de saúde e sociais, só resta o caminho da greve.”, aponta.
 
O Comando Nacional reafirmou aos bancos a pauta de reivindicações dos bancários aprovada na 12ª Conferência Nacional e entregue há mais de 40 dias à Fenaban. Agora, encaminhará documento à Fenaban dando prazo até dia 27/9, véspera das assembléias, para apresentação de uma nova proposta.
 
Conheça as principais reivindicações dos bancários:
 
– Reajuste salarial de 11% (inflação do período mais 5% de aumento real);

– Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil para cada funcionário;

– Piso salarial no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88);

 
– Plano de Cargos e Salários em todos os bancos;

– Previdência Complementar para todos os bancários;

– Mais contratações, com garantia de emprego e igualdade de oportunidades para mulheres, negros e pessoas com deficiência;

– Fim das terceirizações e dos correspondentes bancários;

– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral;

– Assistência médica e psicológica às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões;

 
– Melhoria do atendimento aos clientes, com redução das filas e diminuição dos juros e tarifas.
 
Bancos Públicos
 
O Comando Nacional se reúne nesta quinta-feira, dia 23, com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal para novas rodadas específicas.
 
 
Susan Meire
Assessoria de Comunicação FEEB SP MS
 

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