
De janeiro a setembro deste ano, empresas dispensaram 32.073 trabalhadores e contrataram 34.949, o que resultou na geração de 2.876 vagas
As empresas do sistema financeiro nacional dispensaram, de janeiro a setembro deste ano, 32.073 trabalhadores e contrataram 34.949, o que resultou na geração de 2.876 vagas. No entanto, o saldo positivo de empregos foi 84,2% inferior ao do mesmo período do ano passado, quando foram criadas 18.167 postos.
Os dados, divulgados hoje (13), são da 14ª edição da Pesquisa de Emprego Bancário, realizada trimestralmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
De acordo com o levantamento, os bancos foram responsáveis por 0,6% do 1,25 milhão de novos empregos gerados pela economia brasileira nos primeiros nove meses do ano.
A Contraf ressalta, porém, que as demonstrações contábeis dos bancos mostram que as instituições financeiras públicas apresentam saldo positivo de emprego nos três trimestres do ano e que o fechamento de postos de trabalho está concentrado nos grandes bancos privados. O presidente da confederação, Carlos Cordeiro, critica a postura dos bancos privados, que, segundo ele, contribui para a concentração da riqueza no país, que é "um dos 12 mais desiguais do planeta”. “A sociedade brasileira não pode aceitar que os bancos privados, que são o setor mais rentável da economia, boicotem os esforços do governo e dos outros setores de incentivar o crescimento econômico, a geração de emprego e a inclusão social", diz Cordeiro.
Conforme a Contraf, a remuneração média dos admitidos no setor bancário ficou em R$ 2.693,79 e a dos desligados, em R$ 4.390,87 nos primeiros três trimestres – uma diferença de 38,65%. Na economia brasileira como um todo, a diferença entre a média salarial dos contratados é 7% inferior à média salarial dos demitidos, o que demonstraria, segundo a Contraf, uma estratégia das empresas do ramo financeiro de usar a rotatividade dos trabalhadores para diminuir as despesas com pessoal.
De acordo com a Contraf, a pesquisa revela também que as mulheres são discriminadas nos bancos. A média salarial das bancárias desligadas (R$ 3.759,23) é 24,5% inferior à dos bancários (R$ 4.978,38) que saíram. As mulheres já entram nos bancos ganhando menos que os homens. O salário médio delas, no ingresso, é R$ 2.322,88 e o dos homens, R$ 3.031,86 – uma diferença de 23,4%.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) foi procurada pela Agência Brasil, mas ainda não se manifestou.
Fonte: Agência Brasil
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