
Nelson Gonçalves, Sindicato de Rio Preto
A greve dos bancários começou forte nesta terça-feira em São José do Rio Preto. Apesar da chuva que caiu na cidade, os bancários das principais agências da área central não se intimidaram em se molhar e resolveram sair das agências para cruzarem os braços por melhores salários e condições de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto, Aparecido Roveroni, acompanhou o movimento grevista nas agências instaladas na área central e surpreendeu-se com a adesão de funcionários que em anos anteriores eram resistentes à paralisação e agora aderiram espontaneamente ao movimento logo no primeiro dia. “Isso é sinal de que a categoria reconhece que os salários estão baixos e que são grandes as cobranças dos bancos para que os funcionários cumpram metas abusivas”, afirmou.
A greve dos bancários a partir do dia 30 foi decidida em assembleia realizada em 25 de setembro quando a categoria rejeitou reajuste de 7% para os salários e de 7,5% para o piso, propostos pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Diante do expressivo número de trabalhadores presentes nas assembleias, realizadas simultaneamente em todo o Brasil, a Fenaban chamou o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação no último sábado (27), quando fez nova oferta, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94 % de aumento real) e de 8% (1,5% de aumento real) para o piso. Considerada insuficiente, essa segunda proposta, foi rejeitada por unanimidade nas assembleias realizadas na última segunda-feira (29) e mantida a decisão de deflagrar a greve.
Reivindicações
Os bancários querem reajuste de 12,5% nos salários e piso no valor de R$ 2.979,25 (salário mínimo proposto pelo Dieese). Para os dirigentes do Sindicato dos Bancários, seja qual for o indicador todos apontam ganhos para os bancos. Nos últimos 12 meses os lucros aumentaram 16,5%, a receita com a prestação de serviços e tarifas cresceu 10,2%, assim como o número de contas correntes aumentou 5%. A única coisa que diminui para os bancos foi o número de funcionários que, segundo dados do Ministério do Trabalho, reduziu, em média, de 2,2% por agência.
“Os bancários trabalham para o setor que mais lucra no Brasil, mas estão sobrecarregados, pressionados com serviços demais para poucos funcionários, tudo porque os bancos querem lucrar cada vez mais”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de Rio Preto. Ele destaca que o lucro dos três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) chegou a R$ 19,6 bilhões somente nos seis primeiros meses deste ano. No ano passado todos os bancos lucraram mais de R$ 60,7 bilhões.
Notícias Relacionadas
Bancos projetam que Copom não eleve mais taxa Selic em 2025
Reprodução: Brasil de Fato Comitê do Banco Central aumentou taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano na semana passada 12.MAIO.2025 ÀS 17H18 CURITIBA (PR) REDAÇÃO Instituições financeiras também reduziram expectativa sobre inflação e cotação do dólar – Agência Brasil Economistas vinculados a bancos preveem que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central […]
Leia maisMais de 5 milhões podem ter o título de eleitor cancelado
Reprodução: Agência Brasil Desde março, mais de 111 mil eleitores regularizaram a situação PAULA LABOISSIÈRE – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL Publicado em 12/05/2025 – 09:36 Brasília © ANTONIO AUGUSTO/ASCOM/TSE O prazo para que eleitores regularizem os seus títulos vence na próxima segunda-feira (19). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de cinco milhões […]
Leia maisINSS notificará beneficiários vítimas de descontos a partir de terça
Reprodução: Agência Brasil Quem indicar que não autorizou desconto poderá pedir reembolso AGÊNCIA BRASIL Publicado em 12/05/2025 – 22:19 Brasília © JOÉDSON ALVES/AGÊNCIA BRASIL A partir desta terça-feira (13), os aposentados e pensionistas que sofreram descontos em seus benefícios por meio de associações irão receber uma notificação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mensagem será enviada pelo […]
Leia mais