Greve dos bancários é necessária para impedir retrocessos e honra histórico de luta da categoria – por *Davi Zaia

09.10.2015

A greve nacional dos bancários começou bastante forte, com a adesão em massa da categoria. Só na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, os trabalhadores resolveram cruzar os braços em mais de 1.700 agências no terceiro dia de paralisação; foram cerca de 1.200 no primeiro dia e mais […]

A greve nacional dos bancários começou bastante forte, com a adesão em massa da categoria. Só na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, os trabalhadores resolveram cruzar os braços em mais de 1.700 agências no terceiro dia de paralisação; foram cerca de 1.200 no primeiro dia e mais de 1.500 no segundo, o que demonstra que a participação só vem aumentando.

Estes números evidenciam também a união da categoria, que é uma das mais organizadas do país, e o descontentamento com os banqueiros que de forma desrespeitosa apresentaram como proposta, um pífio reajuste de 5,5%, índice que sequer repõe as perdas inflacionárias e mais um abono de R$ 2,5 mil, valor que não se incorpora ao salário, uma medida de caráter imediatista e que nem de longe pode ser considerada parte de um bom acordo, já que regride a negociação aos níveis de 10 anos atrás, impondo retrocesso às conquistas dos trabalhadores.

A greve é também uma resposta às pressões para o cumprimento de metas abusivas, contra o assédio moral, que tem levado os bancários ao adoecimento e contra a falta de segurança a que ficam expostos.

O engajamento massivo dos bancários na greve representa um recado muito claro de insatisfação com a falta de valorização e de sensibilidade por parte dos empregadores que não percebem que salário decente, que contemple a reposição das perdas é um direito, assim como a paralisação como forma de luta por uma remuneração mais justa e melhores condições de trabalho, também o é.

A greve dos bancários representa uma resposta à altura, reafirmando a força da categoria e honrando seu histórico de resistência e luta para impedir retrocessos e desrespeitos contra os trabalhadores.

*Davi Zaia – Sindicalista, presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e Deputado Estadual pelo PPS.

 

Notícias Relacionadas

Negociação entre COE e Santander sobre renovação e ampliação do acordo aditivo

Representantes dos trabalhadores do Santander (COE) e a direção do banco estiveram reunidos nesta sexta-feira (26/07) para mais uma mesa de negociação no âmbito da Campanha Nacional. O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários. “Ele […]

Leia mais

Negociações Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

Políticas de saúde do banco precisam ser efetivas para a melhoria do ambiente de trabalho A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta sexta-feira (26) com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador. Entre as considerações feitas pela CEE […]

Leia mais

Direitos dos incorporados, saúde mental e complementação salarial são tema abordados em mesa de negociação do BB

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional A primeira reivindicação dos dirigentes sindicais, debatida com a direção do Banco do Brasil nessa sexta-feira (26/07), em São Paulo, foi a situação […]

Leia mais

Sindicatos filiados