Greve dos bancários ganha força e mais de 1.100 agências são fechadas na base da Federação

20.09.2013

No país, segundo dados dos sindicatos que integram o Comando Nacional, 7.282 agências foram paralisadas. Categoria reivindica reajuste de 11,93%, melhores condições de trabalho, segurança contra assaltos e sequestros e valorização do piso e da PLR. No segundo dia da greve nacional dos bancários, sindicatos filiados à Federação de São Paulo e Mato grosso do […]

No país, segundo dados dos sindicatos que integram o Comando Nacional, 7.282 agências foram paralisadas.

Categoria reivindica reajuste de 11,93%, melhores condições de trabalho, segurança contra assaltos e sequestros e valorização do piso e da PLR.


No segundo dia da greve nacional dos bancários, sindicatos filiados à Federação de São Paulo e Mato grosso do Sul paralisaram mais de 1.100 agências*. "Houve um crescimento na mobilização em relação ao primeiro dia, quando foram fechadas 838 agências. Isso é importante pois mostra a disposição dos bancários em lutar para que os bancos atendam às reivindicações da categoria", afirma o representante da Feeb SP/MS no Comanado Nacional, Aparecido Roveroni. 


Em todo o país, segundo dados dos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional, 7.282 agências foram fechadas. "Percebemos uma disposição dos trabalhadores em lutar para romper com a instrasigência dos banqueiros, que mesmo lucrando bilhões às custas do nosso trabalho, ofereceram reajuste irrisório que contempla apenas a inflação do período, sem aumento real", completa Cido.

A categoria reivindica reajuste de 11,93% para todas as verbas salarias, no entanto, a Fenaban propôs apenas 6,1%. Bancários querem ainda piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá correspondentes ao salário mínimo nacional.

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Conheça as principais reivindicações dos bancários 

– Reajuste salarial de 11,93%: 5% de aumento real, além da inflação.

 – PLR de três salários mais R$ 5.553,15;

 – Piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

 – Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

 – Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

 – Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que permite que qualquer atividade seja terceirizada e precariza as condições de trabalho, além da aprovação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas;

 – Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;

 – Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

 – Prevenção contra assaltos e sequestros, com fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários;

 – Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes. 
 

Confira no quadro abaixo os dados das paralisações na base da Feeb SP/MS nos dias 19 e 20 de setembro:

* Matéria atualizada no dia 21 de setembro.

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