A greve nacional dos bancários entrou em seu sexto dia hoje, dia 26 de setembro e por enquanto, não há nenhuma reunião marcada entre o comando nacional e a Fenaban. Conforme explicou Julio Cesar Machado, presidente do Sindicato dos Bancários e Sorocaba e Região, os representantes do movimento sindical de todos os estados brasileiros estão reunidos em São Paulo hoje, para avaliar o movimento. “E nesse cenário, é possível que alguém do movimento ligue para a Fenaban e tente marcar uma conversa, já que todos os representantes sindicais estão na capital, facilitando o encontro”, comenta Julio.
Enquanto isso não acontece a greve continua. Em Sorocaba, os gerentes do banco Bradesco tentaram, outra vez, pressionar os funcionários a entrar nas agências. Porém, depois dos episódios de tumulto ocorridos ontem, dia 25, os ânimos estavam mais calmos. O presidente do sindicato, aproveitando os funcionários reunidos na porta do banco Bradesco da rua São Bento, conscientizou-os outra vez da importância do movimento, alertando-os para que não compareçam quando chamados, pois além de não conseguirem entrar, ainda correm o risco de serem remanejados para trabalhar em cidades da região, onde ainda haja porventura, agências abertas. Ele explicou, inclusive, que essa atitude de mandar o funcionário trabalhar em outra agência que não seja a sua, é anti-sindical, portanto, ilegal. Depois da conversa, os funcionários foram embora, frustrando qualquer plano do gerente geral, de abrir a agência.
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A novidade ficou por conta do reforço dado à greve pelo Sindicato dos Vigilantes, que se uniu ao sindicato dos Bancários para ajudar no movimento, mostrando a importância da união de categorias, principalmente quando elas dividem o mesmo ambiente de trabalho diariamente.
O banco Itaú conseguiu um interdito proibitório – documento expedido pelo juiz, que força a abertura das agências, driblando a greve. Porém, um acordo entre o sindicato e os responsáveis pelo banco em Sorocaba, garantiu que as agências do Itaú continuassem fechadas por todo o dia. Enquanto isso, o departamento jurídico do sindicato dá entrada no fórum com documento para ‘cortar o efeito’ do interdito.
Já os funcionários do Banco do Brasil da rua XV de Novembro, em Sorocaba, seguem irredutíveis com sua postura de não aderir à greve, temendo o descomissionamento ameaçado pelos gerentes, a quem ficasse fora do banco. “Estamos indo todos os dias falar com os funcionários. O pior é que ficam dentro da agência batendo papo, em rodinhas, sem trabalhar. Ou seja, não estão fazendo nem uma coisa nem outra”, desabafa Sônia Regina Del’Amo, funcionária do Banco do Brasil e diretora do Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região.
Nos demais bancos, a situação está estável e a greve segue normalmente, sem novidades. O número de agências fechadas continua aumentando diariamente, em Sorocaba e região. Já são 130 agências paradas na base do sindicato, que aguarda, esperançoso, que haja uma sinalização de são Paulo ainda hoje, para um possível agendamento de reunião entre bancários e banqueiros, para tentar decidir o impasse.
Juliana Alonso – Seeb Sorocaba
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