Greve fecha 1.855 agências na base no 21º dia; amanhã, às 10h, nova negociação com a Fenaban

09.10.2013

A greve dos bancários paralisou nesta quarta-feira (9/10), 1.855 agências na base da Federação de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), que conta com 23 sindicatos filiados. Em todo o país, o número de unidades fechadas foi de 12.136, maior número alcançado desde o começo da greve.  A categoria quer proposta decente […]

A greve dos bancários paralisou nesta quarta-feira (9/10), 1.855 agências na base da Federação de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), que conta com 23 sindicatos filiados. Em todo o país, o número de unidades fechadas foi de 12.136, maior número alcançado desde o começo da greve. 

A categoria quer proposta decente da Federação dos Bancos (Fenaban), que contemple as principais reivindicações econômicas e sociais. “A força do movimento fez a Fenaban marcar reunião para esta quinta-feira, às 10h, em São Paulo. Estamos trabalhando para garantir um bom acordo”, afirma o presidente da Feeb SP/MS, Davi Zaia.

Na última rodada de negociação, ocorrida em 4 de outubro, a Fenaban ofereceu reajuste de 7,1% para os salários e 7,5% para o piso, mas a proposta foi considerada insuficiente e rejeitada em assembleias realizadas pelos sindicatos nos dias 7 e 8 de outubro.

Os bancários reivindicam reajuste de 11,93% (aumento real de 5% mais a reposição da inflação do período), PLR de três salários mais R$ 5.553,15, piso de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese), além de melhores condições de trabalho, fim das demissões e da rotatividade e mais contratações.

Bancos Públicos

Também nesta quinta, serão retomadas as negociações específicas com o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ambas marcadas para logo após a reunião com a Fenaban, às 12h, no Hotel Maksoud Plaza.

Após as negociações, o Comando Nacional dos Bancários se reúne, às 14h, para avaliação.

Evolução da greve – na base e no país


As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação).

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

Quantidade de agências fechadas por sindicato:

Andradina: 24
Araçatuba: 67
Campinas: 336
Corumbá: 7
Franca: 35
Guaratinguetá: 46
Jaú: 65
Lins: 23
Marília: 47
Naviraí: 11
Piracicaba: 62
Presidente Venceslau: 27
Ponta Porá: 14
Ribeirão Preto: 206
Rio Claro: 61
Santos: 204
São Carlos: 53
São José dos Campos: 111
São José do Rio Preto: 109
Sorocaba:204
Três Lagoas: 17
Tupã: 65
Votuporanga: 61

Total – 1.855

Maricélia Franco – Feeb SP/MS 
 

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