Greve forte no 11º dia, em Campinas. Itaú tenta cercear direito de greve

16.10.2015

Os bancários dos setores público e privado estão firmes na greve que hoje (16), décimo primeiro dia, permaneceu forte e expandiu: 266 locais de trabalhos (agências e departamentos) fechados, sendo 150 em Campinas e 116 em 32 das 37 cidades da base do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. Ontem, a greve atingiu 261 […]

Os bancários dos setores público e privado estão firmes na greve que hoje (16), décimo primeiro dia, permaneceu forte e expandiu: 266 locais de trabalhos (agências e departamentos) fechados, sendo 150 em Campinas e 116 em 32 das 37 cidades da base do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região. Ontem, a greve atingiu 261 locais de trabalho (147 em Campinas; 114 na Região).

Forte em todo o país desde a deflagração (6 de outubro), a greve busca quebrar a intransigência da Fenaban que, até agora, não se manifestou, insistindo na proposta rejeitada pela categoria. Alguns de seus associados, no entanto, resolveram contra-atacar. É o caso do Itaú que ontem orientou os gerentes a forçar a abertura das agências e convocar os funcionários

Para o presidente do Sindicato e integrante do Comando Nacional dos Bancários, Jeferson Boava, greve é guerra. “O Sindicato está preparado para resistir diante do cerceamento à liberdade pretendido, neste momento, pelo Itaú. A greve é um direito constitucional e os bancários cruzaram os braços com consciência, dispostos a lutar. Vamos resistir, manter posições e, ao mesmo tempo, romper flancos para avançar”.

Tuitaço na segunda

Hoje foi dia de tuitaço, que continua na segunda-feira, dia 19. Os bancários devem postar mensagens no Twitter usando a hashtag #Exploraçãonãotemperdão!.

Plenária dia 19
O Sindicato realiza na próxima segunda-feira, dia 19, a terceira plenária para avaliar a greve. Às 18h30, na sede em Campinas.

Proposta da Fenaban

Reajuste de 5,5% (representa perda de 4% para os bancários em relação à inflação de 9,88%).
Piso portaria após 90 dias: R$ 1.321,26.
Piso escritório após 90 dias: R$ 1.895,25.
Piso caixa/tesouraria após 90 dias: R$ 2.560,23 (salário mais gratificação, mais outras verbas de caixa).
PLR regra básica: 90% do salário mais R$ 1.939,08, limitado a R$ 10.402,22. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 22.884,87.
PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.878,16.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva. Pagamento final até 01/03/2016.
Regra básica: 54% do salário mais fixo de R$ 1.163,44, limitado a R$ 6.241,33 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional: 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2015, limitado a R$ 1.939,08.
Auxílio-refeição: R$ 27,43.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta: R$ 454,87.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses): R$ 378,56.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses): R$ 323,84.
Anuênio (para os remanescentes): R$ 25,83
Gratificação de compensador de cheques: R$ 147,11.
Requalificação profissional: R$ 1.294,49.
Auxílio-funeral: R$ 868,58.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto: R$ 129.522,56
Ajuda deslocamento noturno: R$ 90,67.

Bancários reivindicam
(data-base: 1º de setembro)

Reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real).
PLR: 3 salários mais R$ 7.246,82
Piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/ babá: R$ 788,00 ao mês para cada um (SM nacional).
Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate à terceirização imposta pelo Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/2015, que tem como origem o nefasto PL 4330/2004.
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

Fonte: Sindicato dos Bancários de Campinas e Região

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