
A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) voltou a acelerar este mês, ao subir 0,14 ponto percentual e passar de 0,40% para 0,54% entre junho e julho deste ano. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 8,93% nos últimos doze meses – resultado, no entanto, que chega a ser 0,05 ponto percentual inferior ao da taxa acumulada nos 12 meses imediatamente anteriores: 0,98%.
Os dados foram divulgados hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam que o total acumulado no ano é de 5,19%, bem abaixo dos 6,9% registrados em igual período do ano anterior. Em julho de 2015, a taxa havia sido 0,59%.
Peso dos alimentos
Mais uma vez os preços dos alimentos continuam pressionando a inflação, chegando a subir 1,45% na relação com a prévia de junho, exercendo 0,37 ponto percentual sobre a alta do mês. Com alta de 0,37% em julho e participação de 69% do IPCA-15 no mês, o grupo alimentação e bebidas acusou a mais elevada variação para os meses de julho desde a alta registrada em 2008: 1,75%.
Também mais uma vez o feijão-carioca, cujos preços subiram, em média, 58,06%, foi, isoladamente, o item que exerceu o maior impacto no índice do mês, 0,18 ponto percentual. Em Goiânia, o quilo do produto aumentou 81,03%, em Brasília (62,69%), em Salvador (61,69%) e em Fortaleza (60,63%).
Segundo o IBGE, os demais tipos de feijão também apresentaram aumentos significativos nos preços. O mulatinho passou a custar, em média, 45,94% a mais, o preto subiu 34,23% e o fradinho, 11,78%.
Preços em alta
Os alimentos continuam a ser o grande vilão da inflação e não só pela alta elevada e generalizada dos diversos tipos de feijão consumidos pelos brasileiros. Segundo o IBGE, vários outros alimentos ficaram “bem mais caros” de um mês para o outro.
Este é o caso, por exemplo, do arroz, que teve os preços elevados em 3,36% na média, mas chegando a atingir 8,2% em Belém; 6,67% em Fortaleza; e 6,53% em Goiânia. O resultado é que comer feijão com arroz, prato típico da mesa do brasileiro, passou a custar bem mais caro de norte a sul do país.
Outro alimento com participação importante na despesa das famílias, o leite aumentou 15,54%, em média, chegando a atingir 27,46% em Curitiba; 24,15% em Porto Alegre; e 20,17% em Goiânia. Assim, os preços de seus derivados aumentaram, destacando-se o leite em pó, que ficou 3,26% mais caro.
Contrapartida
A alta de 0,54% na inflação – medida pelo IPCA-15 – em julho só não foi ainda maior porque, em contraposição à elevação de 1,45% do grupo alimentação e bebidas, a maioria dos demais grupos de produtos e serviços pesquisados evidenciou desaceleração na taxa de crescimento de junho para julho.
A exceção foi o grupo transportes que fechou a prévia da inflação do mês com variação de 0,17% e apresentou aceleração na taxa de crescimento quando comparado a junho, em decorrência da pressão exercida pelas passagens aéreas, que subiram 19,05%.
No grupo, também apresentaram altas expressivas ônibus interestadual (3,69%); pedágio (1,98%); etanol ( 1,22%); conserto de automóvel (0,85%) e emplacamento e licença (0,77%).
Itens importantes tiveram queda, contribuindo para conter a taxa do mês. Destaque para a energia elétrica – grande vilã da inflação no ano passado –, que fechou com deflação de 1,26%; seguro voluntário de veículos (-1,23%); gasolina (-1,11%); automóvel usado (-1,02%); e automóvel novo (-0,63%).
Entre as 11 regiões envolvidas na pesquisa do IPCA, sete fecharam com taxas superiores à média nacional de 0,54%, com destaque para Goiânia onde a taxa variou de 0,01% para 0,91% entre junho e julho, a maior alta do país. Depois, aparece Belém (de 0,41% para 0,69%).
Como é
O IPCA-15 serve de prévia para a inflação do país medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA). A diferença está no período de coleta. No caso do IPCA, os preços foram coletados no período de 15 de junho a 13 de julho (mês de referência).
E, embora o indicador se refira às famílias na mesma faixa de renda (de 1 a 40 salários), abrange apenas 11 das principais regiões metropolitanas e municípios do país, enquanto o IPCA envolve 13 regiões e municípios.
Fonte: Agência Brasil
Notícias Relacionadas
Participante do SantanderPrevi poderá acessar saldo por aplicativo
A diretoria do banco Santander informou aos participantes do SantanderPrevi, que os saldos a partir de agora já podem ser acessados também no aplicativo do banco, ou seja, além do portal www.santanderprevi.com.br, os participantes terão nova opção de acesso. “É positiva a extensão de possibilidades de acesso à consulta da previdência, isso demonstra mais transparência […]
Leia maisSantander informa alteração na nomenclatura dos cargos
Informação foi transmitida para os representantes dos trabalhadores Representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) Santander foram convocados pelo banco para uma reunião emergencial, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (22). Na ocasião, responsáveis pelo setor de recursos humanos do banco, informaram que o Santander fará alteração na nomenclatura dos cargos. A nova nomenclatura […]
Leia maisCOE Itaú cobra o fim das demissões e reivindica mais contratações
Movimento sindical quer acompanhar de perto processo de realocação dos trabalhadores envolvidos nos fechamentos das agências A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu na última quinta-feira (16), com a direção do Itaú, no Centro Empresarial (Ceic), em São Paulo, para cobrar o fim das demissões, dos fechamentos das agências e reivindicar mais contratações. […]
Leia mais