Instituto aponta reajustes; BB e Caixa contestam

25.10.2012

Apesar do anúncio do governo de que os bancos públicos estão reduzindo suas tarifas, levantamento do Idec mostra que alguns cortes divulgados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal foram feitos após aumentos consideráveis -o que para o instituto, na prática, significa que não há avanço. O BB diz que o aumento de […]

Apesar do anúncio do governo de que os bancos públicos estão reduzindo suas tarifas, levantamento do Idec mostra que alguns cortes divulgados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal foram feitos após aumentos consideráveis -o que para o instituto, na prática, significa que não há avanço.

O BB diz que o aumento de receitas com tarifas "deve-se principalmente ao maior consumo de produtos e serviços pelos clientes". Isso ocorreria em razão do ganho de renda, sobretudo das classes C e D, e do investimento da instituição para oferecer produtos "adequados às necessidades dos clientes".

Além disso, o Banco do Brasil argumenta que a instituição passou a operar em novos segmentos, como crédito imobiliário.

Sobre o valor das tarifas, afirma que as reduções levaram a um patamar "inferior ao praticado em 2010" e, no caso do serviço de adiantamento a depositantes, o aumento se justifica por conta de mudanças na metodologia de cobrança imposta pelo Banco Central.

A Caixa atribuiu o aumento na cobrança da tarifa de adiantamento a depositante a novas regras do BC.

LEVANTAMENTO

Segundo estudo, o aumento prévio ocorreu com pelo menos três tarifas do BB. Entre elas está a que incide sobre a concessão de adiantamento a depositantes para cobrir contas a descoberto.

Em abril do ano passado, ela custava R$ 30; em agosto, subiu para R$ 39, e, neste mês, caiu para R$ 38,20.

Na Caixa, a mesma tarifa era de R$ 27, mas subiu para R$ 43 e depois caiu para R$ 38,20 no mesmo período.

"É mais publicidade do que efeito na prática", afirma a economista Ione Amorim, do Idec, que coordenou o levantamento.

Os bancos públicos foram obrigados pelo governo a liderar uma ofensiva para corte dos juros e das tarifas no mercado bancário.

A divulgação de reajustes no segundo semestre deste ano irritou o ministro Guido Mantega (Fazenda), que determinou o recuo anunciado nas últimas semanas.

Nos últimos anos, os bancos vêm elevando consecutivamente as receitas relativas às tarifas. O gasto médio com tarifas da clientela dos seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC) calculado pelo Idec subiu de R$ 52,43 para R$ 69,86 entre o primeiro semestre de 2011 e 2012.

Fonte: Folha de S.Paulo

Notícias Relacionadas

Negociação entre COE e Santander sobre renovação e ampliação do acordo aditivo

Representantes dos trabalhadores do Santander (COE) e a direção do banco estiveram reunidos nesta sexta-feira (26/07) para mais uma mesa de negociação no âmbito da Campanha Nacional. O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários. “Ele […]

Leia mais

Negociações Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

Políticas de saúde do banco precisam ser efetivas para a melhoria do ambiente de trabalho A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta sexta-feira (26) com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador. Entre as considerações feitas pela CEE […]

Leia mais

Direitos dos incorporados, saúde mental e complementação salarial são tema abordados em mesa de negociação do BB

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional A primeira reivindicação dos dirigentes sindicais, debatida com a direção do Banco do Brasil nessa sexta-feira (26/07), em São Paulo, foi a situação […]

Leia mais

Sindicatos filiados