Itaú confirma interesse no CorpBanca

12.12.2013

O Itaú Unibanco confirmou ontem o interesse em adquirir o controle do banco chileno CorpBanca, como parte de sua estratégia de expansão na América Latina. A afirmação foi feita por Candido Bracher, presidente do Itaú BBA, banco de investimentos e de atacado do grupo. "Estamos na disputa", disse Bracher, em encontro com jornalistas. O executivo […]

O Itaú Unibanco confirmou ontem o interesse em adquirir o controle do banco chileno CorpBanca, como parte de sua estratégia de expansão na América Latina. A afirmação foi feita por Candido Bracher, presidente do Itaú BBA, banco de investimentos e de atacado do grupo.

"Estamos na disputa", disse Bracher, em encontro com jornalistas. O executivo também afirmou que não interessa ao Itaú adquirir uma participação minoritária da instituição.

Ainda segundo Bracher, a gestão do banco no Chile, com a segmentação entre as atividades de varejo e atacado, não muda se a aquisição for bem-sucedida.

Desde a semana passada, circulam na imprensa chilena e em agências de notícias informações sobre o interesse do Itaú pelo CorpBanca, quinto maior banco do Chile em ativos. Porém, até agora o grupo brasileiro não havia comentado o assunto. Outros interessados seriam o espanhol BBVA e o canadense Scotiabank.

Na noite de ontem, o Itaú Unibanco informou que apresentou proposta ao CorpBanca, com base na qual "as negociações estão sendo intensificadas ao longo dos últimos dias". A afirmação foi feita em nota na qual o banco respondeu a pedido de esclarecimentos da BM&FBovespa.

A despeito do interesse pela instituição chilena, Bracher disse que a estratégia de crescimento na América Latina é sobretudo orgânica. Segundo ele, o Itáu BBA tem interesse em reforçar as operações na Colômbia, no Peru e no México, onde vai montar uma corretora.

O objetivo do Itaú BBA é oferecer serviços de banco de investimentos e atacado no exterior. Jean-Marc Etlin, vice-presidente-executivo, disse que 30% da equipe do banco de investimentos já está baseada no exterior, patamar que deverá subir para 50% em três anos.

Os executivos reiteraram o interesse em crescer na América Latina, a despeito de o ano ter sido pior que o esperado na região.

Bracher também disse que 2013 foi frustrante para a economia brasileira, destacando que o crescimento do PIB da ordem de 2,3% e o resultado fiscal ficaram abaixo das expectativas. "No fim do ano passado, poucos esperavam que 2013 terminasse com juros de dois dígitos", disse.

Apesar disso, Bracher afirmou estar satisfeito com os resultados do Itaú BBA. Ele destacou, por exemplo, o crescimento de 17% da carteira de crédito para grandes empresas nos 12 meses encerrados em setembro. "Também avançamos no processo de internacionalização e fomos brindados pelo Itaú Unibanco com o desafio de atender o segmento de empresas médias", disse.

Fonte: Valor Econômico 

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