Valor Economico Por Aline Lima e Eduardo Laguna, de São Paulo
04/08/2010 |
Como de praxe, o
A carteira de crédito do banco apresentou evolução de 4% na comparação trimestral, crescimento em linha com o de seu principal concorrente, o
Em termos de segmento de clientes, micro, pequenas e médias empresas são destaque. Os financiamentos para pessoas jurídicas com faturamento anual de até R$ 150 milhões (corte utilizado pelo Itaú Unibanco) subiu 6,7% entre março e junho e 26,3% em 12 meses, atingindo R$ 68,6 bilhões. O desempenho só foi inferior ao do crédito imobiliário, que cresceu 12,1% na comparação trimestral e 47,7% no intervalo de um ano. O estoque da linha, porém, é de R$ 10,5 bilhões, muito menor que a carteira de pequenas e médias empresas, respondendo por apenas 3,5% do saldo da carteira do banco.
Analistas consideraram a evolução da carteira de crédito do Itaú Unibanco tímida. Mariana Taddeo, da
O Itaú Unibanco demonstrou uma posição cautelosa sobre o comportamento da inadimplência nos próximos meses. Rogério Calderón, diretor corporativo de controladoria do banco, disse que alguns indícios apontam para um "ligeiro aumento da inadimplência". Ele afirmou que o banco ainda não visualizou em sua carteira esse movimento, mas citou que alguns indicadores sugerem um aumento nos calotes.
Com isso, o Itaú Unibanco preferiu não revisar a previsão de queda entre 0,5 ponto e 1 ponto percentual no nível de calotes neste ano, apesar de os atrasos superiores a 90 dias terem mostrado baixa de 1 ponto percentual já nos seis primeiros meses de 2010, cedendo para 4,6% dos empréstimos do banco. De acordo com Calderón, a tendência é que a taxa se mantenha perto desse patamar até dezembro.
A posição destoa do otimismo da direção do Bradesco, que previu na quarta-feira passada novas quedas da inadimplência até o fim do ano. Oficialmente, o banco não mudou suas previsões, que projetam uma taxa de 4% em dezembro. No entanto, o presidente do do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, disse que os calotes podem cair para a faixa de 3,6% a 3,7% até dezembro.
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