Juro ao consumidor sobe mais que taxa básica em 2013

10.01.2014

Valor cobrado em crédito avançou 3,46 pontos percentuais, de 88,83% para 92,29% ao ano, e a Selic, 2,75 pontos DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO O juro médio cobrado do consumidor nas diversas linhas de crédito subiu mais em 2013 do que a taxa básica da economia, a Selic. Enquanto o juro básico aumentou 2,75 pontos […]

Valor cobrado em crédito avançou 3,46 pontos percentuais, de 88,83% para 92,29% ao ano, e a Selic, 2,75 pontos

DANIELLE BRANT
DE SÃO PAULO

O juro médio cobrado do consumidor nas diversas linhas de crédito subiu mais em 2013 do que a taxa básica da economia, a Selic.

Enquanto o juro básico aumentou 2,75 pontos percentuais no ano passado, de 7,25% ao ano –o menor da história– para 10% ao ano, o valor cobrado do consumidor cresceu, em média, 3,46 pontos percentuais –de 88,83% ao ano para 92,29% ao ano.

Os cálculos são da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Vale destacar que o juro médio das linhas de crédito fechou 2013 em valor equivalente a mais de 9 vezes o da Selic, mas, quando a taxa básica era a mínima histórica, essa diferença era ainda maior: superava 12 vezes.

Considerando cada taxa separadamente, a Selic subiu 37,93% no ano, enquanto o juro ao consumidor, 3,90%.

"A diferença entre o juro ao consumidor e a taxa básica, que compõe o valor cobrado nos empréstimos, de qualquer forma, continua gritante", diz Samy Dana, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas). "É preciso cuidado ao tomar crédito."

Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac, afirma que o consumidor não percebe o aumento do juro nas parcelas de empréstimos justamente porque não é expressivo em relação à taxa anterior. No longo prazo, porém, Oliveira acrescenta que esse aumento pode se tornar significativo e comprometer o orçamento familiar.

ORIENTAÇÕES

O quadro ao lado traz simulações de empréstimos no crédito pessoal, no rotativo do cartão de crédito e no cheque especial –os dois últimos, com as maiores taxas de juros entre as modalidades avaliadas pela Anefac.

De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, da DSOP, empresa de orientação financeira, antes de tomar o crédito, o consumidor deve fazer o diagnóstico das finanças para ver se as prestações cabem no bolso.

Também é indicado reorganizar as finanças para se livrar das dívidas mais caras. "É possível buscar uma linha de crédito com juro menor para substituir uma dívida em outra com taxa mais alta."

O consultor recomenda ainda gastar menos do que se ganha. "É algo que precisa do apoio familiar para dar certo."

Fonte: Folha de S.Paulo

Notícias Relacionadas

Negociação entre COE e Santander sobre renovação e ampliação do acordo aditivo

Representantes dos trabalhadores do Santander (COE) e a direção do banco estiveram reunidos nesta sexta-feira (26/07) para mais uma mesa de negociação no âmbito da Campanha Nacional. O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários. “Ele […]

Leia mais

Negociações Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

Políticas de saúde do banco precisam ser efetivas para a melhoria do ambiente de trabalho A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta sexta-feira (26) com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador. Entre as considerações feitas pela CEE […]

Leia mais

Direitos dos incorporados, saúde mental e complementação salarial são tema abordados em mesa de negociação do BB

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional A primeira reivindicação dos dirigentes sindicais, debatida com a direção do Banco do Brasil nessa sexta-feira (26/07), em São Paulo, foi a situação […]

Leia mais

Sindicatos filiados