
Segundo BC, crédito dos bancos continuou a crescer de forma moderada. Impacto de incertezas atestou a percepção de baixo risco de liquidez, diz.
O lucro líquido do sistema bancário brasileiro manteve-se estável no primeiro semestre deste ano, informou o Banco Central nesta quinta-feira (26), por meio do relatório de estabilidade financeira. De acordo com a autoridade monetária, o lucro permaneceu "robusto e eminentemente oriundo de operações financeiras de natureza recorrente, sobretudo bancárias e de seguros".
O BC avaliou, porém, que o lucro líquido dos bancos foi "limitado pelo fraco crescimento do resultado de intermediação financeira, em razão da redução das margens brutas nas operações de crédito, do arrefecimento no ritmo das concessões de crédito e do impacto negativo da marcação a mercado na carteira de títulos".
Dados da consultoria Economática, divulgados no fim de agosto, revelam que o Banco do Brasil é o mais rentável entre os maiores bancos de capital aberto da América Latina e Estados Unidos. As duas colocações seguintes, aliás, também são instituições brasileiras: Bradesco em segundo e Itaú Unibanco em terceiro.
"Há uma tendência de estabilidade no lucro do sistema, ainda em patamar bastante robusto e significativo. Eu acho que isso tem decrescido ao longo do tempo. O retorno já está em um patamar menor do que esteve no passado. É um conjunto de coisas [que impulsiona o lucro]: pode ser que o spread [diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes] seja um dos pontos a explicar, mas teria que ver para avaliar", declarou o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles.
Operações de crédito
O relatório de estabilidade financeira, divulgado pelo Banco Central, também informa que o crédito concedido pelo sistema financeiro nacional, no primeiro semestre deste ano, continuou a crescer de forma moderada "sustentado pelo crescimento do crédito nos bancos públicos, que aumentaram sua participação na carteira total".
"A continuidade no movimento de migração para modalidades de menor risco, com taxas mais baixas e prazos mais longos, contribuiu para reduzir a inadimplência da carteira total e o comprometimento de renda das famílias e de receita das empresas", informou o BC no documento.
Cenário internacional complexo
O BC lembra ainda que, no primeiro semestre de 2013, o cenário econômico mundial permaneceu complexo, com desempenhos heterogêneos entre os países e mudanças de cenários ao longo do período.
"As incertezas quanto ao início da redução no volume de compras de títulos pelo banco central norte-americano e seus impactos sobre a liquidez global implicaram a elevação da volatilidade nos mercados, com efeitos adversos e generalizados sobre a precificação de ativos financeiros", avaliou o BC.
Segundo a autoridade monetária, as condições de financiamento, especialmente nas economias emergentes, ficaram menos favoráveis, levando a quedas nos mercados acionários e a desvalorizações cambiais.
"O impacto das incertezas nos mercados financeiros no primeiro semestre de 2013, com reflexos na liquidez global e no aumento da volatilidade nos mercados, atestou a percepção de baixo risco de liquidez e de resiliência do sistema bancário brasileiro", analisou o Banco Central.
O índice de liquidez das instituições financeiras brasileiras, informou o BC, "permaneceu elevado apesar da queda no valor do estoque de títulos públicos federais e de maior vinculação de ativos líquidos para atender ao aumento da demanda por garantias em bolsa, decorrente do aumento de volatilidade nas taxas de juros e de câmbio".
Fonte: G1 Brasília
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