
A manifestação contra a terceirização e as reformas da previdência e trabalhista reuniu uma multidão na concha acústica, no centro de Franca, no final da tarde da sexta-feira (28).
O ato foi organizado pelo conselho sindical de Franca e além dos sindicatos da cidade, participaram também o movimento estudantil, movimentos sociais, MST e entidades de classe.
As manifestações tiveram início ainda na madrugada, com uma grande concentração na principal avenida que leva ao distrito industrial, local que concentra as maiores fábricas de calçados da cidade e com milhares de trabalhadores. A via foi fechada pelos manifestantes, que abordavam os trabalhadores para conscientizá-los da importância da greve contra a retirada dos direitos e ao mesmo tempo os convocava para o grande ato no centro da cidade às 17 horas.
Em seguida, o grupo se dirigiu ao terminal de ônibus Ayrton Senna, fechando o acesso ao local para dialogar com as pessoas que por ali transitavam e também para entregar um panfleto explicativo sobre as consequências nefastas das reformas que o governo Temer quer impor à população.
Mais tarde as manifestações se concentraram na praça da catedral, em frente às agências dos bancos Santander, Bradesco e Caixa Federal. Neste local, diretores do sindicato fizeram uso da palavra para convocar os bancários a aderirem à paralisação e também para denunciar as já precárias condições de trabalho da categoria, situação que tende a piorar com a aprovação da reforma trabalhista. Após dialogar com os bancários, as agências tiveram a abertura retardada em uma hora.
Já no período da tarde os manifestantes se dirigiram até o prédio da justiça federal, na av. Presidente Vargas, local com uma grande adesão de servidores à greve geral. Dali e contando com o reforço dos grevistas do judiciário estadual, os manifestantes seguiram em passeata até a concha acústica, dando início ao ato que se estendeu até às 19 horas.
Representantes das centrais sindicais, do movimento estudantil, MST, APEOSP e movimentos sociais fizeram discursos inflamados contra as reformas, esclarecendo a população sobre a manipulação da grande mídia sobre estes temas, que a todo momento tentam embutir a ideia que as reformas são necessárias e ao mesmo tempo benéficas para a classe trabalhadora brasileira.
O deputado federal Adermis Marini também foi alvo de duras críticas por parte dos manifestantes e da população que lotou a praça, já que votou a favor da terceirização e da reforma trabalhista, mostrando que não tem nenhum compromisso com os trabalhadores e sim com as elites.
“Vamos agora acompanhar de perto o comportamento do senador Airton Sandoval na votação da reforma trabalhista no senado. O senador é de Franca e vamos cobrá-lo para que não apoie este assalto aos nossos direitos”, disse uma manifestante.
Ao final do ato todos cantaram o hino nacional. No dia 4 de maio o conselho sindical de Franca voltará a se reunir para avaliar o movimento e também para definir novas estratégias de luta.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Franca e Região – Rogério Marques
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