
A presidente Dilma Rousseff editou a medida provisória 676, publicada nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial da União, que cria uma alternativa à chamada fórmula 85/95 aprovada pelo Congresso e vetada pela presidente.
O novo dispositivo, com uma fórmula progressiva, começa a valer já nesta quinta e tem como ponto de partida o próprio cálculo 85/95, que se refere à soma do tempo de contribuição e idade da mulher/homem no momento da aposentadoria.
Com as alterações, o valor dessa soma vai subir um ponto em 2017, outro ponto em 2019 e, a partir de então, um ponto a cada ano até chegar a 90/100 em 2022.
Os trabalhadores que atendem a esse critério passam a escapar dos efeitos do fator previdenciário —dispositivo que existe atualmente e reduz o valor recebido por quem se aposenta precocemente— caso seu tempo de contribuição e a sua idade somem 85 anos para a mulher e 95 anos para o homem no momento da aposentadoria.
Com a progressão, em 2022 a soma chegará a 90 anos (considerando tempo de contribuição mais idade) para mulher e 100 para os homens.
O acesso à aposentadoria sem descontos fica, dessa forma, cada vez mais difícil, acompanhando o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, que teoricamente receberão o benefício por mais tempo.
O fator previdenciário continuará valendo como a base para calcular o valor recebido, mas a fórmula proposta pela MP 676 é uma alternativa para escapar do desconto em caso de aposentadorias precoces.
IDEIA INICIAL ERA SANCIONAR PROPOSTA DO CONGRESSO
Segundo a Folha apurou, Dilma queria sancionar a fórmula 85/95 para evitar desgaste com as centrais sindicais, que prometeram nesta quarta lutar para derrubar o veto, e com o próprio Congresso, e editar uma MP somente com a progressividade.
Mas sua equipe constatou que, juridicamente, isso não era possível. Foi só então que a presidente bateu o martelo pelo veto e a edição de uma MP com a fórmula alternativa.
A velocidade da progressão causou polêmica no Planalto. A equipe econômica do governo defendia que a graduação fosse feita anualmente, mas as centrais reivindicavam que isso fosse feito a cada três anos.
Por fim, o núcleo político do governo ponderava que fosse de dois em dois anos, e a presidente acabou por optar por uma junção das alternativas.
Fonte: Folha de S. Paulo
Notícias Relacionadas
Bancos projetam que Copom não eleve mais taxa Selic em 2025
Reprodução: Brasil de Fato Comitê do Banco Central aumentou taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano na semana passada 12.MAIO.2025 ÀS 17H18 CURITIBA (PR) REDAÇÃO Instituições financeiras também reduziram expectativa sobre inflação e cotação do dólar – Agência Brasil Economistas vinculados a bancos preveem que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central […]
Leia maisMais de 5 milhões podem ter o título de eleitor cancelado
Reprodução: Agência Brasil Desde março, mais de 111 mil eleitores regularizaram a situação PAULA LABOISSIÈRE – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL Publicado em 12/05/2025 – 09:36 Brasília © ANTONIO AUGUSTO/ASCOM/TSE O prazo para que eleitores regularizem os seus títulos vence na próxima segunda-feira (19). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cerca de cinco milhões […]
Leia maisINSS notificará beneficiários vítimas de descontos a partir de terça
Reprodução: Agência Brasil Quem indicar que não autorizou desconto poderá pedir reembolso AGÊNCIA BRASIL Publicado em 12/05/2025 – 22:19 Brasília © JOÉDSON ALVES/AGÊNCIA BRASIL A partir desta terça-feira (13), os aposentados e pensionistas que sofreram descontos em seus benefícios por meio de associações irão receber uma notificação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A mensagem será enviada pelo […]
Leia mais