
Por Davi Zaia*
1º de maio é uma data, que para além da comemoração, serve para realizarmos uma reflexão acerca do cenário do país e a situação do trabalhador. Constatamos infelizmente, que o quadro neste Dia do Trabalhador é o pior possível, uma vez que estando paralisado, mergulhado em uma profunda crise política e econômica – fruto de uma série de equívocos cometidos pelo governo, tanto na condução da economia, como na sua movimentação no tabuleiro do jogo político – o país vem apresentando crescente deterioração dos seus indicadores, com o desemprego atingindo 10 milhões de brasileiros e o PIB do ano passado registrando uma perda de 3,8%, com perspectivas de piora para este ano projetada pelos analistas.
Não bastasse isso tudo, temos a inflação ainda bastante alta registrada em março, que no acumulado dos últimos 12 meses ficou em 9,95%, o que necessariamente faz com que os bancos diminuam a oferta de crédito e encareçam as tarifas, culminando para que a situação do trabalhador fique ainda mais desalentadora, propiciando o endividamento, sem falar na queda da qualidade de vida da família, prejudicada pela significativa redução do seu poder de compra.
Neste 1º de maio, mais do que homenagear a força e a resiliência dos trabalhadores brasileiros diante de cenário tão adverso, me valerei dos valores que permearam a instituição do Dia Mundial dos Trabalhadores, presentes no socialismo, vertente política da qual me orgulho de fazer parte, tanto do ponto de vista ideológico, como institucional, por meio do meu partido, o PPS (Partido Popular Socialista), como a luta por igualdade e pela democracia e presentes nos ideais que moveram e ainda movem aqueles que se mobilizaram desde os primórdios das organizações dos sindicatos até os dias de hoje, a luta por melhores condições de trabalho, para reafirmar nosso compromisso na superação deste quadro, atuando na busca de alternativas para que o país volte a ter crescimento econômico, recupere suas indústrias e volte a gerar empregos nos mais diversos setores e, acima de tudo, reafirmar nosso compromisso com o mais importante: a preservação dos direitos trabalhistas.
O momento que o Brasil vive é bastante crítico e não haverá solução para a crise que esteja fora da política ou da via constitucional e independentemente da saída que se apresentar, não aceitaremos retrocessos nas conquistas dos trabalhadores.
Aproveito a data para parabenizar trabalhadoras e trabalhadores, em especial os bancários, categoria da qual faço parte e possuo enorme orgulho de sua história.
Parabéns a todos!
Vamos à luta, companheiros (as)!
Davi Zaia – Presidente da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) e Deputado Estadual (PPS-SP).
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