Pesquisa do Dieese mostra que bancos fecharam 2.611 postos de trabalho este ano

05.12.2013

O sistema financeiro nacional fechou 2.611 postos de trabalho de janeiro a outubro deste ano, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada nesta quarta-feira (4). A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional dos […]

O sistema financeiro nacional fechou 2.611 postos de trabalho de janeiro a outubro deste ano, de acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) sobre números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgada nesta quarta-feira (4).

A pesquisa, encomendada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), mostra que os grandes bancos múltiplos com carteira comercial – principalmente o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander e HSBC – fecharam 7.545 vagas.

O saldo só não foi mais negativo para a categoria porque a Caixa Econômica Federal contratou 4.676 pessoas no período, disse o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. Segundo ele, além dos cortes, o sistema financeiro manteve a “prática perversa da rotatividade de mão de obra” para diminuir a massa salarial.

De acordo com o Caged, os bancos brasileiros contrataram 33.683 bancários no ano, até outubro, e demitiram 36.294. A maioria deles nos estados de São Paulo (3.188), do Rio de Janeiro (950), de Santa Catarina (145) e Pernambuco (98), que concentram mais bancos privados.

A pesquisa Contraf/Dieese mostra ainda que o salário médio dos admitidos pelos bancos, entre janeiro e outubro, foi R$ 2.943,95, contra salário médio de R$ 4.655,70 dos demitidos. Ou seja, os trabalhadores que entram no sistema financeiro recebem remuneração 36,8% inferior à dos que saem. Com isso, os bancos reduzem despesas.

Isso explica porque, mesmo tendo conquistado 18,3% de aumento real no salário e 38,7% de ganho real no piso salarial, de 2004 para até hoje, a média salarial da categoria diminuiu, segundo Carlos Cordeiro.

Fonte: Agência Brasil 

> Para acessar os resultados da pesquisa na íntegra, clique aqui

Notícias Relacionadas

COE cobra explicações do Itaú sobre fechamento de agências e punições

O turnover também foi debatido na reunião desta quarta-feira (24) A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, nesta quarta-feira (24), em São Paulo, para debater emprego, fechamento de agências, realocação e distribuição de funcionários e punições referentes à falta de certificações da Associação Brasileira das Entidades […]

Leia mais

GT de Saúde do Itaú busca construir cartilha sobre afastamento

Publicação visa fornecer direcionamento aos trabalhadores que se sentem desorientados durante o período de afastamento em relação ao banco e ao INSS Os representantes dos trabalhadores se reuniram com os representantes do Banco Itaú, nesta quarta-feira (24), para discutir a elaboração de uma cartilha que ofereça orientações aos trabalhadores que precisam se afastar por motivos […]

Leia mais

Trabalhadores cobram reunião com BB para debater salários e metas

Movimento sindical bancário cobra resoluções sobre defasagens nas remunerações e no modelo de plano de funções, para eliminar distorções salariais e garantir melhores condições de trabalho A notícia divulgada pelo portal Uol de que “BB quer aumentar salário da Presidente para R$ 117 mil; 57% de reajuste”, repercutiu negativamente entre as trabalhadoras e trabalhadores do […]

Leia mais

Sindicatos filiados