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Se a Fenaban se mantém irredutível e diz não às reivindicações dos bancários por aumento real, valorização do piso e da PLR e melhores condições de trabalho, a categoria mostra que essa campanha não terminará sem que essas demandas sejam atendidas e fazem uma das maiores paralisações dos últimos anos. Nesta sexta-feira, 27, nono dia da greve nacional, foram paralisadas no país 10.633 agências. Na base da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul, o número de postos de trabalho fechados foi de 1.579.
Reunido em São Paulo no dia 26, o Comando Nacional dos Bancários reafirmou a rejeição da proposta apresentada pela Fenaban e disposição em retomar as negociações. “Enviamos carta à Fenaban dizendo que sempre estivemos abertos às negociações e que a greve é culpa dos bancos”, afirma o representante da Feeb SP/MS no Comando, Cido Roveroni. Ele completa que “essa intransigência dos banqueiros e proposta de reajuste que só repõe a inflação causa cada vez mais indignação nos bancários. Os bancos dizem que não podem conceder aumento real, mas tiveram no primeiro semestre desse ano os maiores lucros da história. É possível melhor proposta, sim”, conclui Cido.
Além de melhores salários, a categoria luta ainda por melhores condições de trabalho e denuncia a irresponsabilidade social dos bancos, especialmente os privados, que, na contramão da economia brasileira, geradora de 1,07 milhão de novos empregos de janeiro a agosto deste ano, cortaram 6.987 postos de trabalho no mesmo período, precarizando o atendimento à população, aumentando as filas e a sobrecarga de trabalho dos bancários.
Veja aqui a íntegra da carta do Comando enviada à Federação dos Bancos.
Veja a evolução da greve na base e no país:
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Crédito foto da home: Júlio César Costa – Seeb Campinas
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