Presidente da FEEB-SP/MS, escreve artigo em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

06.03.2015

Por Davi Zaia* “Tem poderes especiais Gera a vida, trabalha na rua e em casa. E ainda acorda nas madrugadas Para alimentar a sua ninhada E proteger com seus olhos de águia! (…)” – Trecho do Poema “A Força da Mulher”, de Helena Lins O trecho acima é uma significativa, porém muito pequena síntese da […]

Por Davi Zaia*

“Tem poderes especiais
Gera a vida, trabalha na rua e em casa.
E ainda acorda nas madrugadas
Para alimentar a sua ninhada
E proteger com seus olhos de águia! (…)”
– Trecho do Poema “A Força da Mulher”, de Helena Lins

O trecho acima é uma significativa, porém muito pequena síntese da tentativa de representar o que é a Mulher: força, competência, garra e sensibilidade são algumas de suas principais qualidades. Possuem tamanha importância que sua inexistência sequer poderia ser imaginada.

 Apesar de ocupar espaços cada vez mais relevantes na sociedade destacando-se em posições, como maioria da população com nível superior e também maioria do eleitorado, a participação da Mulher nas instâncias de poder e nos processo de tomada de decisão ainda se dá em nível insuficiente.

No mercado de trabalho, onde sua presença é crescente, a equiparação salarial e o aumento da participação no mercado formal, ainda representam importantes desafios para as Mulheres, que recebem salários até 30% menores que os dos homens para executar a mesma função. O índice de formalização também acaba ocorrendo em um ritmo mais lento (apesar desta taxa ter crescido), devido à necessidade de conciliar com a vida profissional a maternidade, cuja responsabilidade continua recaindo quase que exclusivamente sobre elas.

Graças ao seu empenho e obstinação, a sociedade tem evoluído muito no que diz respeito ao direto das Mulheres. No Brasil, a mais recente vitória, foi a aprovação na Câmara dos Deputados, na última terça-feira (03), da Lei do Feminicídio – assassinato de mulher por questões de gênero, de autoria do Senado Federal, incluindo-o no Código Penal entre os tipos de homicídio e também no rol de crimes hediondos.

De acordo com dados expostos na justificativa do PL, 43,7 mil Mulheres foram assassinadas entre 2000 e 2010 e em 40% dos casos, as mortes foram resultados de violência doméstica, praticadas por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. A aprovação desta lei, juntamente com a Maria da Penha, instituída em 2006, representa um importante passo na proteção às Mulheres.

A luta da Mulher, que é também de toda a sociedade, precisa ainda avançar muito para que seus direitos sejam cada vez mais respeitados.
Como sabiamente declarou o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, “O grau de civilidade de uma sociedade se mede pelo grau de liberdade da mulher” e, assim sendo, há muito que evoluir para que alcancemos o grau de civilidade que as Mulheres merecem, com o devido respeito e liberdade.

Rendemos homenagens à Mulher, este ser cuja característica intrínseca é a capacidade de reunir virtudes, como: fibra e sensibilidade, resiliência e coragem, entusiasmo e intensidade, entre tantas outras e que contribui enormemente para estabelecer o equilíbrio no mundo.

Que neste Dia Internacional da Mulher, a data possa servir para comemorar as conquistas, mas também para lembrar e fazer refletir sobre a situação de mulheres no mundo inteiro que ainda sofrem abusos pela desigualdade de gênero, que ainda brigam por valorização e respeito, no trabalho e demais setores da vida e em muitos casos pelo, simples direito de terem voz.

Parabéns, a todas as Mulheres!

* Presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS)

 

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