A Caixa Econômica Federal (CEF), reunida com o Comando Nacional dos Bancários desde o início da tarde deste domingo (25), apresentou sua proposta para por fim à greve deflagrada no último dia 06; avaliação do Comando, encerrada no início da noite, orienta aprovação.
A proposta contém os seguintes itens: reajuste de 10% para os salários, PLR e para o piso, 14% para vales, renovação do vale cultura, que a partir de 2014 foi estendido para até oito salários mínimos, PLR Social de 4% do lucro líquido de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados, PLR complementar (garantia de no mínimo uma remuneração base para todos os funcionários) e compensação dos dias parados também seguindo o mesmo modelo da Fenaban: abono de 63% das horas para os trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os que possuem jornada de 8 horas, de um total de 112 horas
Algumas reivindicações, no entanto, só puderam ser destravadas a partir da segunda parte da reunião e representam avanço significativo nas negociações, sobretudo, pela resolução de questões práticas importantes para categoria. Entre elas estão:
Adiantamento odontológico
Retorno do benefício a partir do dia 31/12.
Promoção por mérito para 2017
Diferentemente da promoção por mérito 2016, garantida somente em mesa de negociação em abril deste ano, a proposta da Caixa Econômica Federal já prevê a garantia para 2017.
Suspensão da pausa de 15 minutos
As bancárias da CEF contarão com a suspensão da pausa de 15 minutos durante o período de compensação dos dias parados, como forma de garantir isonomia entre mulheres e homens. A suspensão poderá ser aplicada somente para as bases que não possuam ação judicial ou liminar e funcionará da assinatura do acordo até o dia 15/12, último dia da compensação dos dias parados.
Suspensão da GDP
Não haverá a implantação da terceira onda da GDP em 2016.
Compensação dos dias de manifestação
Bancários da instituição terão possibilidade de compensar os dias parados por manifestações ao longo do ano de 2015 (Caixa 100% Pública e PL 4.330).
Importante destacar que a proposta apresentada pela CEF neste domingo só é válida até esta segunda-feira (26), quando os bancários deliberarão em assembleia a aceitação ou rejeição da proposta.
Tivemos este ano a maior greve dos últimos 20 anos com adesão em massa dos trabalhadores bancários. Nas mesas de negociação, as tratativas foram duras e difíceis, proporcional ao tamanho da mobilização que fizemos, prova disso é o fato de ter se arrastado por quatro dias até um desfecho. A utilização da crise econômica como pano de fundo para sustentar a argumentação, principalmente dos por parte dos bancos públicos, culminou na negativa veemente da Caixa Econômica Federal diante da exigência por mais contratações. Não estamos satisfeitos com os resultados obtidos, queremos mais e a luta por contratação na caixa, assim como pela garantia de emprego nos bancos privados ainda não acabou. Saímos desta campanha com a cabeça erguida, pois chegamos até o limite do possível com os banqueiros e não havia mais por onde avançar. Nosso balanço é que de apesar de não termos chegado aonde queríamos, demos importantes passos nestas negociações, arrancando a duras penas cada melhoria garantida, buscando melhorar as condições de trabalho da categoria.
A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS) orienta aos sindicatos filiados a realização de assembleias nesta segunda-feira (26) para aceitação da proposta.
Confira proposta na íntegra, clicando aqui.
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