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Em reunião com representantes do Banco, COE cobra explicações sobre reestruturação anunciada
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu, na tarde de sexta-feira (1º), com a direção do banco para cobrar explicações sobre a reestruturação, anunciada pelo novo presidente do banco, Marcelo Noronha, no dia 7 de fevereiro, em entrevista coletiva, sem qualquer negociação prévia com o movimento sindical.
Durante a reunião representantes dos empregados na COE reforçaram o número de 6 mil postos de trabalho a menos no sistema bancário, em 2023, o que levou a um cenário de sobrecarga de trabalho e adoecimento.
Lourival Rodrigues, presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas, representou a Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. “A nossa maior preocupação é com a manutenção do emprego e com a saúde do bancário, especialmente para que não haja sobrecarga de trabalho o que, já sabemos, é algo que adoece o trabalhador”, pontuou.
Um resumo do plano estratégico anunciado pelo presidente foi apresentando pelos representantes do banco durante a reunião, apontando o resultado financeiro apresentado pelo em 2023 – como o lucro líquido recorrente de R$ 16,3 bilhões, que indica queda de 21,2% em relação ao ano anterior.
Em entrevista coletiva, em fevereiro, o presidente do banco também estipulou metas de digitalização, com a expectativa de levar 75% das transações feitas para a nuvem. Atualmente, cerca de 45% das transações da empresa são feitas na nuvem. Para atingir essa meta, Noronha prometeu uma expressiva contratação no setor de tecnologia de cerca de três mil pessoas.
O banco disse que essa é uma das ideias para o processo. Inclusive, deu exemplos que já aconteceram no ano passado, com um plano de estrutura e capacitação.
Lourival reforçou o compromisso do movimento sindical com os empregados. “Importante assegurar aos funcionários que nós do movimento sindical estaremos de olho nessa reestruturação, acompanhando seu impacto e fazendo a intervenção necessária para garantir emprego”, defende.
Questionado sobre a abertura de diálogo para tratar sobre o processo de reestruturação, o banco se comprometeu a manter o canal de comunicação aberto com o movimento sindical.
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