
Os sindicatos cobraram do Santander o fim das demissões durante a retomada do processo de negociação do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), no dia 4 de julho. A última reunião ocorreu no dia 27 de fevereiro. A pauta específica de reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários e entregue ao banco no dia 26 de junho, no entanto, não foi debatida. O novo superintendente de relações sindicais do Santander, Luiz Cláudio Xavier, alegou que ainda não conseguiu examinar todas as demandas e propôs discutir a pauta em nova reunião do CRT, agendada para o próximo dia 22. A pauta contém propostas de emprego, condições de trabalho, remuneração, saúde suplementar e previdência complementar, além das pendências de reuniões anteriores do CRT.
Demissões não param
Os sindicatos apresentaram os números de homologações realizadas no primeiro semestre de 2013, a partir de informações enviadas ao Dieese pela maioria das entidades sindicais. O Santander efetuou 2.604 desligamentos, dos quais 1.820 foram demissões sem justa causa, 670 a pedido, 43 demissões por justa causa e 71 por outros motivos. Esses números, embora parciais, superam as demissões sem justa do primeiro semestre de 2012, conforme os dados do Caged entregues pelo Santander ao Ministério Público do Trabalho (MPT), durante as mediações sobre as demissões em massa ocorridas em dezembro último. Nos primeiros seis meses do ano passado, o banco demitiu 1.175 funcionários sem justa causa.
Caixas sem metas individuais
Na reunião, o Santander entregou aos dirigentes sindicais o texto de um comunicado interno, que está sendo distribuído aos gerentes na rede de agências, sobre as atividades do caixa. No documento, consta que "as atividades do caixa devem ter como foco principal o atendimento eficiente ao cliente, sendo responsável pelas operações efetuadas nos terminais de caixa".
O texto destaca que "esses profissionais não podem estar sujeitos ao cumprimento de metas individuais de venda de produtos bancários. E a avaliação deve ser baseada pelo atendimento". Para o representante da Feeb SP/MS na Comissão de Organização dos Empregados (COE), Cristiano Meibach, que participou da reunião do CRT, o comunicado sobre metas “representa um avanço. Porém, é necessário o envolvimento dos caixas nessa luta. Caso a cobrança por metas individuais continue, o Sindicato deve ser avisado”.
Assédio moral
O problema do assédio moral também foi discutido. Os dirigentes sindicais apontaram que ele está ligado à violência organizacional e às precárias condições de trabalho, pois há falta de funcionários, sobrecarga de serviços e metas abusivas.
Práticas antissindicais
Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar o fim das práticas antissindicais, exigindo a retirada imediata das ações judiciais movidas pelo Santander contra os sindicatos, em função de protestos na final da Copa Libertadores de 2011 e no Dia Nacional de Luta em abril deste ano.
Outras reuniões
O Santander também se posicionou a favor da retomada de reuniões específicas, fórum e grupo de trabalho, previstos no acordo aditivo à convenção coletiva, que estavam travadas. Nesta sexta-feira, dia 12, acontece reunião sobre funcionários com deficiência (PCD). Serão agendadas ainda reuniões do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, que tratará do programa de reabilitação profissional, o grupo de trabalho do SantanderPrevi e a reunião sobre Call Center.
Leia também:
Entregue pauta específica de reivindicações ao Santander
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