Conferência Nacional dos Bancários será realizada em agosto
O Comando Nacional definiu ontem (3), durante reunião presencial realizada em São Paulo, o calendário nacional de atividades para 2023. Durante o encontro, dirigentes também definiram estratégias de negociações com os bancos e debateram sobre pautas prioritárias para o movimento sindical.
A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul foi representada pelo presidente David Zaia, pelo secretário geral, Reginaldo Breda e pelo presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas, Lourival Rodrigues, que também compõem o Comando Nacional.
Durante o encontro ficou definido que a Conferência Nacional da categoria será presencial, em São Paulo, com data indicativa para ocorrer de 4 a 6 de agosto. De acordo com os dirigentes, a confirmação depende de disponibilidade de local para a realização do evento e hospedagem dos participantes.
Já as conferências estaduais e/ou regionais devem ser realizadas em junho e julho, no mesmo período em que haverá a Consulta Nacional à categoria sobre as prioridades para o movimento, como a reforma tributária, o papel do sistema financeiro e do crédito para a geração de emprego renda, além da democratização e uso dos meios de comunicação e de questões que envolvem o futuro da categoria.
Dirigentes também definiram que as mesas permanentes de negociação com os bancos sobre Igualdade de Oportunidades, Saúde e Segurança Bancária serão mantidas. Representantes do Comando deliberaram, ainda, que as comissões de trabalhadores específicas de cada banco devem definir suas agendas de negociações permanentes e seus calendários de luta.
“Defendemos a realização da Conferência sem os congressos do BB e CONECEF e sem os encontros dos bancos privados, por entender que assinamos um acordo por dois anos e que na Conferência serão debatidos outros assuntos de repercussão nacional, com espaço para o debate sobre a organização dos bancos públicos. Também defendemos a valorização das negociações pelas Comissões de Organização de Empregados (COES)”, defende Reginaldo Breda, secretário geral.
Durante a reunião o presidente David Zaia falou sobre a conjuntura política e os avanços do início de governo.
Juros
Outro momento do encontro foi o debate sobre a política de juros do Banco Central. Em março de 2021, a taxa básica de juros (Selic) estava em 2%. A partir de abril começou a subir e atingiu a taxa atual de 13,75%, mantida pela sexta vez, nesta quarta-feira (3), no encerramento da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No mesmo período, a inflação subiu de 6,10%, chegou a 12,13% em abril de 2022, e as estimativas são de que feche 2023 em 6,05%.
Diante desse quadro, ficou estabelecida a continuidade da campanha “JurosBaixosJá, organizada pelo movimento.
Outras pautas
Além da política de juros do Banco Central, também ficaram estabelecidas lutas pela regulamentação das redes sociais e democratização dos meios de comunicação; pela reforma sindical; pela regularização do trabalho realizado por trabalhadores de aplicativos, como entregadores, motoristas e outros; por uma reforma tributária justa, com aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda de Pessoa Física, assim como da faixa de isenção da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
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