Santander: Fórum de Saúde e Condições de Trabalho não avança

04.04.2013

  Crédito: Seeb São Paulo Representantes dos bancários e do Santander retomaram nesta quarta-feira (3), o Fórum de Saúde e Condições de Trabalho. A reunião, primeira em 2013, mais uma vez não avançou, pois o banco não atendeu as demandas encaminhadas pelo movimento sindical para garantir um ambiente saudável de trabalho e evitar o adoecimento […]

  Crédito: Seeb São Paulo
Representantes dos bancários e do Santander retomaram nesta quarta-feira (3), o Fórum de Saúde e Condições de Trabalho. A reunião, primeira em 2013, mais uma vez não avançou, pois o banco não atendeu as demandas encaminhadas pelo movimento sindical para garantir um ambiente saudável de trabalho e evitar o adoecimento de trabalhadores.

Fim das metas abusivas

Uma das principais reivindicações discutidas foi o fim das metas abusivas que são impostas aos funcionários. O movimento sindical reivindica uma mudança de paradigma, com a participação dos funcionários na definição das metas, mas o banco não aceitou a proposta dos bancários.

Programa de Reabilitação Profissional

Os dirigentes sindicais reivindicaram a instalação na segunda quinzena de abril de um grupo de trabalho para discutir a implantação de um programa de reabilitação profissional, previsto desde 2009 na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários. O banco reconheceu "que está em débito", mas se limitou a dizer que no prazo de até 60 dias vai estudar uma proposta de encaminhamento.

Pesquisa de saúde e condições de trabalho

O Santander negou também a proposta das entidades sindicais de fazer uma pesquisa acerca da saúde e das condições de trabalho dos funcionários em todo o país. Nem mesmo as recomendações da OCDE sobre a necessidade de "realização conjunta de consultas e cooperação" e "o acesso a informações necessárias para negociações significativas sobre as condições de trabalho" sensibilizaram o banco.

Cipa e participação dos sindicatos na Sipat

O Santander ainda se negou a formar um grupo de trabalho para discutir o funcionamento das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) nos locais de trabalho.

Além disso, o Santander se recusou a discutir com os dirigentes sindicais a organização e o conteúdo da programação da Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat). O banco se limitou a dizer que efetuará uma comunicação prévia de 30 dias aos sindicatos, informando data, local e eventos programados.

Procedimentos sobre assaltos, sequestros e extorsões

Os dirigentes sindicais cobraram atendimento médico e psicológico às vítimas de assaltos, sequestros e extorsões, bem como às suas famílias, além da emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e do fechamento do estabelecimento no dia da ocorrência, o que muitas vezes só ocorre depois da pressão de sindicatos.

O banco disse que tem acionado as áreas envolvidas, buscando garantir atendimento às vítimas, mas que a CAT só tem sido emitida após avaliação médica.

Plano de saúde aos aposentados

Os representantes do banco anunciaram que farão uma reunião específica para discutir a manutenção do plano de saúde dos aposentados, a partir da nova regulamentação da ANS (Agência Nacional de Saúde). As entidades sindicais defenderam a permanência dos planos das mesmas condições vigentes quando na ativa.

Exame demissional

Os dirigentes sindicais reivindicaram a reintegração de funcionários demitidos, cujos exames demissionais apontam a condição de "inapto”. O banco respondeu que "em tese" essas dispensas são revertidas.

*Com informações da Contraf e Seeb São Paulo

Leia também: Justiça do Trabalho determina reintegração de funcionária demitida pelo Santander
 

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