
Os funcionários procedentes do antigo Banco Real já perceberam que o exemplo de boas práticas do banco, não foram herdadas pelo Santander (incentivo ao funcionário em fazer exercícios em academias, trazer os coordenadores para reuniões de melhoria nas rotinas, aumentar a participação do banco na previdência privada, trazer os funcionários em reuniões motivacionais, etc). Agora, o que os funcionários do banco Santander estão presenciando é o fim do tempo para o cafezinho, de manhã.
Segundo conta Helton Luiz Alexandre, gerente do Santander e diretor do Sindicato dos Bancários de Sorocaba, agora o tempo passou a ser literalmente cronometrado no banco. “Os funcionários tem que chegar as 9h e já participar da reunião diária que vai até as 9:30h. Das 9:30h até as 10h deve-se impreterivelmente fazer trabalho de cobrança aos clientes devedores (creli), porém as 10h a agência deve ser aberta e os gerentes (que não forem ficar em bloqueio de tempo para telemarketing), tem que estar prontos para o atendimento ao público e clientes! Então, ficou-se sem tempo para o café e aos poucos minutos de descontração entre os colegas de trabalho”, explica.
Conforme o diretor, a velocidade de trabalho e a quantidade de tarefas que o banco está imprimindo aos seus funcionários não é sustentável nem física nem psicologicamente. O corpo do bancário não resiste a tal rotina por muito tempo e os efeitos (dores de estômago, dores de cabeça, labirintites, síndromes do pânico, intestino preso, irritabilidade, etc), começam a aparecer numa quantidade alarmante, denunciando a falta do bom senso a qual todos estão sendo submetidos.
“O resultado disso tudo é preocupante e o banco deveria parar para refletir se vale a pena ‘matar a galinha dos ovos de ouro’, que são seus funcionários ou dar-lhes melhores condições e ambiente de trabalho, para desempenharem suas funções. Afinal, um funcionário satisfeito com seu empregador produz muito mais do que um funcionário prestes a ter uma síncope, pelo elevado stress, ou ainda, se já estiver à caminho do hospital”, diz.
Ainda na visão do diretor, essas pequenas atitudes dentro do Santander vão minando a vontade dos funcionários de permanecer na empresa. Na necessidade de sobreviver dentro do banco, uns acabam sendo predadores de outros. Mas na verdade, é uma situação onde não há vencedores, já que mesmo os que conseguem se manter, acabam adoecendo, entrando para o time dos “tarja preta”.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região
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