
Em rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários nesta terça-feira, 4, em São Paulo, a Fenaban não apresentou uma nova proposta, manteve a oferta de 6% de reajuste salarial feita no dia 28/08 e frustrou a categoria bancária.
Aparecido Roveroni, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato grosso do Sul na mesa, reafirma que a proposta de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais, o que inclui PLR, é um absurdo, pois não contempla uma série de exigências dos bancários, como aumento real e piso e PLR maiores. “Queremos cada vez mais nos aproximar do piso do Dieese e o lucro dos bancos mostra que eles têm condições de melhorar a proposta de reajuste”, ressalta.
O Comando definiu calendário de mobilização com realização de assembleias no dia 12 para deflagrar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18, com assembleias organizativas no dia 17. “Queremos continuar negociando, mas enquanto a Fenaban não acena com uma nova proposta vamos intensificar as mobilizações. Estamos prontos para a greve, se é esta a resposta que os banqueiros esperam”, finaliza o representante da Federação.
Calendário de mobilização
Dia 12 – Realização de assembleias para iniciar greve por tempo indeterminado a partir do dia 18
Dia 17 – Assembleias organizativas
Principais reivindicações dos bancários
– Reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97% nos últimos 12 meses.
– PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos.
– Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38).
– Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.
– Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
– Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00.
– Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos serviços bancários.
– Cumprimento da jornada de 6 horas para todos.
– Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários.
– Mais segurança nas agências e postos bancários.
– Previdência complementar para todos os bancários.
– Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável.
– Igualdade de oportunidades.
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