Setor bancário fecha 2022 com saldo positivo de emprego
Setor bancário fecha 2022 com saldo positivo de emprego
10.02.2023
Ano se encerra com queda de vagas em dezembro; saldo do ano é negativo no Rio de Janeiro e em outros cinco estados A trajetória do emprego formal no setor bancário apresentou oscilação durante todo o ano de 2022, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral […]
Ano se encerra com queda de vagas em dezembro; saldo do ano é negativo no Rio de Janeiro e em outros cinco estados
A trajetória do emprego formal no setor bancário apresentou oscilação durante todo o ano de 2022, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apenas nos meses de janeiro, fevereiro, agosto e setembro a soma das contratações foi maior do que a das demissões. Nos demais meses, o saldo foi negativo. Mas, no cômputo geral do ano, houve mais contratações do que demissões, gerando um saldo positivo de 4.716 postos de trabalho.
Sinal amarelo para TI
Na esteira do aumento de investimento realizado pelos principais bancos do país na área de tecnologia, 2022 repetiu o que já havia sido constatado em anos anteriores, com criação de 1.424 vagas diretamente ligadas às áreas de tecnologia da informação.
Mas, o sinal está amarelo até para as vagas de TI. Segundo o levantamento do Dieese, houve uma expressiva queda das contrações nesta área, na comparação com as realizadas em 2021, quando foram geradas 3,7 mil vagas específicas. “Tal fato pode representar, no curto prazo, o esgotamento na capacidade de geração de postos de trabalho de ocupações nestas posições”, afirma o Dieese no texto.
Nos estados
O Dieese também fez o levantamento considerando o saldo de empregado bancário em cada um dos 27 estados da federação. Em seis deles o saldo foi negativo. A maior queda foi registrada no Rio de Janeiro (1.021 vagas), seguido pelo Rio Grande do Sul (279), Paraná (244), Santa Catarina (152), Pernambuco (95) e Rio Grande do Norte (30). Os maiores saldos positivos ocorreram em São Paulo (2.452 vagas), Distrito Federal (287) e Mato Grosso (206).
Perfil dos trabalhadores
Gênero O levantamento também traz dados com relação aos perfis dos trabalhadores. Com relação ao gênero, as admissões de mulheres foram 19,1% menores que a dos homens e os desligamentos, 5,4% superiores. A consequência foi a abertura de 3.933 vagas para homens e a eliminação de 1.106 postos de trabalho para mulheres.
Em seu documento, o Dieese observa que em 2022 houve intenso debate sobre assédio moral e assédio sexual na categoria, e que as duas temáticas foram pactuadas na negociação coletiva. “O resultado da movimentação do emprego não reflete o compromisso patronal em ambientes de trabalho mais homogêneos e igualitários”, diz o texto.
Faixa etária Com relação à idade, a geração de vagas se concentrou nas primeiras faixas etárias, até 29 anos, com aumento de 10.351. Para trabalhadores com 30 anos ou mais, houve movimento contrário, com o fechamento de 7.529 vagas.
Raça e escolaridade A maior proporção entre os admitidos foi da raça branca (60,8%) e com superior completo (55,3%). As admissões de trabalhadores pretos e pardos foram de 33,9% da totalidade, enquanto os desligamentos foram de 25,6%. Ao considerar o saldo, verifica-se resultado positivo no que toca a diversidade racial, uma vez que a movimentação foi positiva em 3.881 postos de trabalho para trabalhadores pretos e pardos.
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