A diretoria do sindicato dos Bancários de Sorocaba e Região fez ontem, dia 24 de junho, um protesto em frente à agência do Itaú do hipermercado Extra, em Sorocaba. Segundo o banco, a agência será transformada em “Escritório de Negócios”, um modelo que prevê ausência de vigilantes e de portas giratórias, além da ausência de bancários – apenas alguns gerentes atuarão no local. Com uso de faixas, os dirigentes sindicais fizeram um abaixo assinado e colheram assinaturas da população contra a mudança de modelo da agência.
Conforme a visão do sindicato, esse modelo de agência prejudica o bancário e os clientes – enquanto um perde seu emprego, o outro perde a segurança. O presidente do sindicato, Júlio Cesar Machado, diz que o Itaú é o primeiro banco a transformar agência em escritório, que dispõe de caixas eletrônicos, mas sem bancários nos caixas, vigilantes e com uma equipe reduzida trabalhando.
De acordo com ele, 200 agências do Itaú no País já teriam sido mudadas para escritório de negócios e há projeto para outras 150. Ele acredita que outros bancos devem seguir essa tendência. “Geralmente, para uma mudança que gere demissões, um banco começa (a fazer mudanças) e, se não houver resistência, abre caminho para outros”, diz o presidente do sindicato.
De acordo com Julio, o escritório de negócios contraria a Lei Federal 7.102/83, que regulamenta a segurança bancária e também a Lei Municipal 5.650/98, que obriga a instalação de portas giratórias. A mudança, a partir de uma reforma no local, eliminaria itens de segurança. Segundo o presidente do sindicato, isso também contraria o plano de segurança de cada agência, que conforme a Lei Federal, tem de ser aprovado pela Polícia Federal.
Procurado pela imprensa sorocabana, o Itaú informou em nota que "os pontos de atendimento são um novo modelo com foco em prestar assessoria financeira aos clientes, orientando-os de maneira especializada na contratação dos produtos e serviços mais adequados a suas necessidades e perfis." O banco não respondeu, no entanto, outras questões feitas pela imprensa sobre o número de agências que já foram transformadas em escritórios de negócios, quantas devem passar pela mudança e quais as diferenças em relação à segurança, bem como, quantas agências em Sorocaba e região, devem passar pela mudança.
Juliana Alonço – Sindicato dos Bancários de Sorocaba
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