Os sindicatos e o Banco do Brasil discutiram ontem (14), em Brasília, o tema BB digital, durante a primeira reunião da mesa temática de Prevenção de Conflitos, garantida no Aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), cláusula 55ª. Deborah Negrão de Campos participou da mesa como representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (FEEB-SP/MS).
Os dirigentes sindicais destacaram os impactos resultantes da criação dos chamados escritórios digitais na vida funcional, bem como as migrações de cargos, funções e carteiras de clientes. Os dirigentes sindicais questionaram os representantes do BB quanto ao cronograma de implantação dos escritórios e agências digitais. E mais: foram abordadas as dúvidas sobre as migrações de carteiras em cada local onde já existem ou serão instalados os escritórios digitais, como também informação sobre o processo seletivo para as agências especializadas em MPE (Micro e Pequenas Empresas).
Os representantes do BB informaram que existem 24 escritórios digitais, sendo 12 para Pessoa Física (PF) e 12 para MPE, além de 232 Agências Estilo BB Digital. Estão previstas mais 21 escritórios PF e 14 MPE até o final deste ano, mais 38 agências especializadas PJ (Pessoa Jurídica). Os representantes do BB estimam potencial para mais 200 escritórios digitais. Ainda segundo os representantes do BB, primeiramente serão instalados os escritórios com poucas mudanças para os funcionários, com clientes da mesma praça e, posteriormente os casos regionalizados.
Sem redução de carteiras
Os representantes do BB afirmaram que não haverá redução de carteiras com a migração para os escritórios digitais e as vagas serão nomeadas na lateralidade, seguindo o TAO Especial, já dentro da reestruturação. Os sindicatos questionaram quanto aos processos seletivos que foram iniciados antes dos escritórios serem criados, com indicações e seleção fora do TAO – Sistema de Recrutamento e Seleção.
Os representantes do BB reafirmaram que não haverá seleção fora do TAO e as nomeações ocorrerão na lateralidade, priorizando quem perdeu a vaga em alguma unidade. O BB se comprometeu em fazer áudio ou videoconferências com as Gepes (Gerências Regionais de Gestão de Pessoas) e com os Superintendentes Regionais para unificar o discurso e esclarecer sobre as nomeações.
Sem redução de mais agências
Questionados se a abertura de novos escritórios digitais resultaria em fechamento de mais agências, os representantes do BB afirmaram que não será necessário, uma vez que alguns prefixos das agências fechadas pela reestruturação em curso serão aproveitados para iniciar o novo modelo nas localidades em que está previsto o início da atividade digital.
Deborah Negrão, ressaltou aos representantes do BB que agências com atendimento presencial são parte importante do modelo digital implementado e são complementares a este projeto. “O modelo não existe sem essa complementariedade e sua importância dentro do novo modelo deve ser destacada. Os representantes concordaram com a colocação e afirmaram que a demanda pelo atendimento nas agências físicas terão maior importância no Sinergia e nova pontuação para as agências”.
Condições de trabalho
Os sindicatos relataram vários questionamentos e denúncias em relação às condições de trabalho envolvendo ambiência, ergonomia e também o uso excessivo de telefone. Os representantes do BB informaram que buscam atender e resolver os problemas apresentados, inclusive acionando mais o SESMT – Serviço Especializado Saúde e Medicina do Trabalho.
Próxima reunião
A mesa voltará a se reunir na segunda quinzena de janeiro de 2017. Os representantes do BB se comprometeram em apresentar as respostas às indagações levantadas pelos sindicatos.
Fonte: Contraf-CUT
Foto: Guina Ferraz
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